Risco climático entra no radar dos bancos brasileiros

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Uma das frentes mais interessantes de avanço da agenda climática nos últimos tempos acontece no mercado financeiro. Nos EUA e na Europa, reguladores governamentais, gestores de ativos e investidores estão prestando mais atenção nos aspectos de sustentabilidade e risco climático dos investimentos, preparando o terreno para uma maior regulamentação do setor nos próximos anos, tanto no plano doméstico como no externo.

No Valor e n’O Globo, Danilo Martins abordou a organização em andamento nos bancos e instituições financeiras do Brasil para atender às novas exigências dos governos e dos investidores na questão ambiental e climática. A base desses esforços está nas normas divulgadas pelo Banco Central há quase um ano, que definem e fortalecem regras para divulgação de informações e mapeamento de riscos climáticos, bem como a realização de testes de estresse climático em seus portfólios e serviços financeiros.

Por ora, a regulamentação trata de dados qualitativos, como aspectos de governança, estratégia e gestão de riscos, mas espera-se que, até o final do ano, o BACEN defina requerimentos de divulgação de informações quantitativas, como metas e métricas.

Outra frente importante está no mercado de carbono, tão prometido e pouco desenvolvido até agora no Brasil. O decreto recente que regulamentou o “mercado global de carbono” no país não trouxe exatamente muita definição ou novidade, mas abriu espaço para que a questão ganhasse mais espaço, especialmente dentro das empresas. O Globo e Valor conversaram com o ex-procurador do Ministério Público Federal Almir Sanches, que atua agora como diretor jurídico da Carbonext, uma startup de créditos de carbono que recentemente ganhou um aporte de R$ 200 milhões da petroleira Shell. Para Sanchez, o setor privado precisa ser protagonista dos esforços de preservação da Amazônia.

 

ClimaInfo, 14 de julho de 2022.

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