Onda de calor: incêndios se espalham na Europa

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montagem MetSul

O forte calor que assola boa parte da Europa também tem causado diversos focos de incêndio em todo o continente, especialmente na região mediterrânea. Nas últimas semanas, foi registrado fogo em países como Espanha, França, Grécia, Itália e Portugal, além de focos menores no Reino Unido (inclusive no entorno de Londres) e na Turquia.

A Reuters destacou a preocupação dos portugueses com o forte calor e os incêndios. Há cinco anos, o país viveu sua temporada mais devastadora de fogo, com as chamas queimando boa parte do interior do país e causando a morte de 66 pessoas. Mesmo com investimentos recentes em prevenção e combate do fogo, o risco de incêndios como os de 2017 ainda é grande, especialmente por conta do ar seco.

Na Toscana italiana e na Atenas grega, centenas de pessoas foram retiradas de áreas sob risco de avanço do fogo, noticiaram Associated Press e Reuters. Já a AFP destacou o impacto dos incêndios no sul da França, com  moradores e turistas na região de Gironde lamentando a destruição completa causada pelo fogo. Os incêndios no Reino Unido tomaram conta das capas de jornais nesta 4ª feira (20/7), com cenas dignas de filmes apocalípticos. Como destacou a MetSul, os bombeiros britânicos experimentaram anteontem seu pior dia desde dos bombardeios alemães da Segunda Guerra Mundial.

“A Europa está chegando à era do fogo”, destacou Matt Simon na WIRED. Como na Califórnia, porções da Europa Ocidental sofrem hoje com uma estiagem que reduziu significativamente a umidade no solo, deixando-o mais seco. Com as temperaturas mais altas e a falta de ação preventiva para retirada de material orgânico inflamável, o que temos é uma “bomba de fogo” estourando nas áreas naturais na Europa. 

Na mesma linha, Sam Schechner e Nick Kostov escreveram no Wall Street Journal que os países europeus precisam se atentar mais para a adaptação climática e a prevenção de incêndios para diminuir o risco de desastres como aquele vivido por Portugal em 2017.

 

ClimaInfo, 21 de julho de 2022.

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