No meio da temporada quente, Europa já registra 2ª maior área queimada por incêndios florestais da história

Europa incêndios florestais
REUTERS/Florion Goga

Os países europeus nem chegaram à metade do atual verão no hemisfério norte e a situação dos incêndios florestais atinge proporções históricas. De acordo com o Centro Conjunto de Pesquisa da União Europeia, cerca de 600 mil hectares de vegetação foram queimados até agora, o 2º maior número total para qualquer ano desde 2006, quando os registros começaram. O resultado parcial deste verão perde apenas para o total de área queimada em 2017, quando o fogo consumiu 987.844 hectares. A notícia é da Reuters

No Reino Unido, a Bloomberg destacou a chegada de mais um período prolongado de calor. Os termômetros devem passar dos 30ºC na próxima semana, bem abaixo do recorde de 42ºC registrado no mês passado, mas ainda assim acima da média. O calor deve intensificar a seca, com impacto na oferta de água para agricultura e para consumo humano.

Já na França, o calor intenso das últimas semanas expôs uma lacuna pouco abordada até agora: a falta de árvores em Paris. De acordo com a Reuters, com dados do World Cities Culture Forum, a capital francesa está entre as metrópoles globais com pior cobertura verde – apenas 10% de Paris é composta por espaços verdes, como parques e jardins, aquém dos 33% observados em Londres e bem abaixo dos 68% de Oslo.

Por falar em calor nas metrópoles, a Bloomberg fez um mapeamento das áreas “mais sufocantes” em algumas das principais cidades do planeta – ou seja, pontos com menor espaço verde e construções feitas de materiais que absorvem o calor, como cimento, vidro e aço. Em Londres, por exemplo, uma “ilha de calor” é o entorno do New Covent Garden Market; em Los Angeles, a região portuária é uma importante fonte de calor para a cidade.

Por fim, o NY Times abordou o impacto do calor intenso deste verão no turismo nas cidades europeias. Cidades que atraem milhões de turistas durante as férias de verão, como Roma, Atenas e Madri, podem se tornar menos aprazíveis para os viajantes, afastando-os no período mais importante do calendário da indústria europeia de turismo.

 

ClimaInfo, 5 de agosto de 2022.

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