O verão de extremos no hemisfério norte está sufocando os três maiores centros econômicos do planeta. Estados Unidos, Europa e China experimentam crises simultâneas de estiagem e forte calor que estão gerando apuros significativos para suas economias.
“As condições extremas de calor e seca estão atingindo os Estados Unidos, Europa e China, agravando os problemas para trabalhadores e empresas em um momento em que o crescimento econômico já está desacelerando acentuadamente e aumentando a pressão sobre os preços”, assinalou Julia Horowitz na CNN.
O clima extremo impacta de diferentes formas. A estiagem diminuiu consideravelmente o volume de água disponível para as diversas atividades econômicas e o consumo humano. Na agricultura, por exemplo, os efeitos da falta de chuvas pioram com as restrições adicionais impostas por governos para irrigação das lavouras. Claire Gilbody-Dickerson abordou na inews as medidas para contenção do consumo de água nos mercados norte-americano, europeu e chinês.
Já na indústria, a falta de água afeta em múltiplas frentes, desde processos produtivos internos até restrições na oferta de energia elétrica e no escoamento da produção por hidrovias. Como resultado, fábricas na Europa e na China estão sendo forçadas a interromper sua produção por conta da falta de energia e das dificuldades logísticas impostas pela seca.
Rios como o Colorado, nos EUA, Reno e Danúbio, na Europa, e Yangtze, na China, retratam de forma assustadora a situação hídrica dramática desses países. Na China, o governo da província de Hubei apelou para a chamada “semeadura de chuvas”, com o disparo de iodeto de prata químico nas nuvens para induzir a formação de nuvens chuvosas.
BBC, Bloomberg, Financial Times, Guardian, NY Times, Reuters e Wall Street Journal repercutiram o impacto da seca nos EUA, China e Europa.
ClimaInfo, 19 de agosto de 2022.
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