Subsídios para renováveis é bom negócio para quem?

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A Câmara Federal aprovou mais um “jabuti” com potencial de aumentar a já carésima conta de luz. Os deputados aproveitaram uma medida provisória sobre os combustíveis e enfiaram um “jabuti” prorrogando por dois anos um desconto nas tarifas de transmissão e distribuição da eletricidade gerada em eólicas, solares e algumas plantas a biomassa.

Este desconto beneficia os geradores que ganham mais mercado, e beneficia compradores no mercado livre que pagam menos pela energia entregue. O desconto beneficia também quem instala painéis solares nos telhados.

Menos gente pagando o custo de transmitir e distribuir eletricidade, implica dividir a conta com menos gente – aqueles que só conseguem comprar eletricidade das concessionárias – os consumidores “sem painel”.

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (ABRACE) e o Movimento União pela Energia, que congrega associações patronais peso-pesado, mandaram cartas ao Senado e ao ministro de minas e energia pedindo a rejeição dos “jabutis” e estimando um impacto de bilhões nas contas de luz. Há uma corrente no Senado contra aprovar “jabutis” desta natureza. O Acende Brasil e o Canal Energia repercutiram as cartas.

A ABSOLAR e a ABEEólica, representando as indústrias solar e eólica, mandaram uma carta conjunta ao ministro, esta apoiando os “jabutis” e estimando em outros bilhões os benefícios para o país.

 

ClimaInfo, 8 de setembro de 2022.

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