Um novo relatório do Escritório da ONU para Redução de Riscos de Desastres (UNDRR) e da Organização Meteorológica Mundial (WMO) pintou um cenário dramático para a adaptação climática ao redor do mundo: metade dos países não está devidamente protegida por sistemas de alerta precoce que podem ser chave para evitar perdas de vida e prejuízos materiais decorrentes de eventos extremos.
Os números são ainda piores para os países em desenvolvimento: menos da metade das nações menos desenvolvidas e apenas ⅓ dos pequenos países insulares em desenvolvimento possuem um sistema de alerta antecipado de múltiplos perigos. Como resultado disso, esses países possuem um risco de mortalidade por desastre oito vezes maior do que aqueles que contam com sistemas de alerta com cobertura substancial.
“O mundo não está investindo na proteção das vidas e dos meios de subsistência daqueles que estão na linha de frente [da luta climática]”, destacou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no lançamento do relatório. “Aqueles que menos fizeram para causar a crise climática estão pagando o preço mais alto”.
O chefe da ONU assinalou também a necessidade de mais cooperação entre os países nesse tema, além de novos investimentos em desenvolvimento e implementação de sistemas de alerta nos países mais vulneráveis. “Eventos climáticos extremos acontecerão, mas não precisam se tornar desastres mortais”.
O jornal britânico Independent deu mais informações. No Brasil, o UOL publicou uma reportagem da AFP sobre o relatório.
ClimaInfo, 17 de outubro de 2022.
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