IEA projeta pico de emissões globais de energia para 2025

1 de novembro de 2022
pico de emissões globais
iea.org

A crise energética global pode estar acelerando o processo de transição para fontes renováveis e antecipando o pico das emissões de carbono do setor, assinalou a Agência Internacional de Energia (IEA). De acordo com o World Energy Outlook 2022, lançado na semana passada, o pico das emissões de energia pode acontecer em 2025, data a partir da qual a expectativa será de emissões decrescentes ano após ano.

A análise apontou que as medidas recentes anunciadas pelos governos para ampliar a geração de energia por fontes renováveis, como eólica e solar, poderão impulsionar o investimento global em energia limpa para mais de US$ 2 trilhões por ano até 2030, um aumento de mais de 50% em relação ao cenário atual. Na outra ponta, a demanda por combustíveis fósseis começará a cair ao longo da próxima década: o carvão a partir de 2025; o gás natural, em 2030; e o petróleo, em meados dos anos 2030. Isso significa que a demanda total por energia fóssil poderá diminuir de forma constante nos próximos 27 anos em uma média anual aproximadamente equivalente à produção vitalícia de um grande campo de petróleo.

“Os mercados e políticas de energia mudaram como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia, não apenas por enquanto, mas por décadas”, afirmou Fatih Birol, diretor-executivo da IEA. “Mesmo com as políticas atuais, o mundo da energia está mudando drasticamente diante de nossos olhos. As respostas governamentais em todo o mundo prometem tornar este um ponto de virada histórico e definitivo em direção a um sistema de energia mais limpo, mais acessível e mais seguro”.

Mas nem tudo é positivo. Ainda que os novos planos intensifiquem a transição energética, ela não estará no ritmo necessário para viabilizar um limite de 1,5oC ao aquecimento do planeta neste século, como definido pelo Acordo de Paris. Segundo a IEA, as políticas atuais levariam a um aumento de 2,5oC na temperatura média global, o que teria impactos climáticos catastróficos. 

Guardian, New Scientist, NY Times e Valor, entre outros, repercutiram essa informação.

 

ClimaInfo, 1º de novembro de 2022.

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