Estudo relaciona morte de quase 1 milhão de recém-nascidos por ano à poluição do ar

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HeathPolicyWatch

Quase um milhão de mortes anuais de bebês prematuros em todo o mundo podem ser atribuídas à poluição do ar, destacou um estudo divulgado na semana passada na revista Nature Communications. A pesquisa, a primeira a analisar dados globais, estimou que quase metade dos natimortos pode estar ligada à exposição a material particulado do tipo PM2.5, produzido principalmente pela queima de combustíveis fósseis.

O estudo analisou 54 países de baixa e média renda da Ásia, África e América Latina entre os anos de 1998 e 2016. A partir disso, a análise extrapolou esse cenário para abranger 137 países nessas mesmas regiões, que concentram 98% dos casos de mortes prematuras de recém-nascidos de todo o mundo.

Praticamente todas as mães analisadas no estudo foram expostas a níveis de PM2.5 acima do limite atual recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 5 microgramas por metro cúbico (μg/m3). No geral, os pesquisadores descobriram que um aumento na exposição ao PM2.5 de cerca de 10 μg/m3 foi associado a um aumento de 11% no risco de morte prematura.

“Atingir as metas de qualidade do ar da OMS pode evitar um número considerável de mortes prematuras de recém-nascidos”, destacaram os autores, liderados pelo Dr. Tao Xue, da Universidade de Pequim (China), citado pelo Guardian. “Os esforços atuais para prevenir natimortos se concentram em melhorias nos serviços médicos, mas, em comparação com os fatores de risco clínicos, os fatores ambientais geralmente não são vistos. Políticas de ar limpo podem prevenir natimortos”.

A revista TIME também abordou os resultados deste estudo.

 

ClimaInfo, 6 de dezembro de 2022.

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