Na semana passada, o G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, anunciou um acordo para limitar o preço do petróleo russo em US$ 60 por barril. O teto limitaria os ganhos da indústria petroleira do país com a venda de seus produtos, reduzindo assim o fluxo de dinheiro para alimentar a máquina de guerra que a Rússia está utilizando contra a Ucrânia.
Como resposta, o governo de Vladimir Putin sinalizou a possível diminuição de sua produção de petróleo, além da proibição da venda do produto aos países que aderirem ao teto de preços. O corte certamente teria reflexos na estratégia dos principais exportadores de petróleo, capitaneados pela OPEP, que têm a Rússia como parceira. Reuters e Valor deram mais detalhes.
Enquanto isso, a União Europeia segue discutindo a imposição de um limite ao preço do gás natural fóssil dentro de seu mercado. Mas os países do bloco ainda estão distantes de um acordo, e o Banco Central Europeu (BCE) colocou mais cascas de banana no caminho.
Em análise divulgada no começo do mês, o BCE disse que “o desenho atual do mecanismo de correção de mercado proposto pode, em algumas circunstâncias, comprometer a estabilidade financeira da zona do euro”.
A observação está alinhada às preocupações apresentadas pela Alemanha e pelos Países Baixos, que pedem garantias mais fortes de que o limite de preço do gás não afetará os mercados. CNBC e Reuters repercutiram a informação.
Já o NY Times destacou como o Catar está aproveitando a situação para se colocar como novo fornecedor de gás natural para a Europa. O país, que já atende a diversos mercados na Ásia, também tem se aproximado da China para assegurar novos acordos de venda de gás, o que tem dificultado a estratégia da Rússia de desviar seus estoques de combustível para venda em economias asiáticas.
ClimaInfo, 12 de dezembro de 2022.
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