Brasil, EUA e Índia articulam aliança para aumentar demanda por biocombustíveis

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Os dois maiores produtores mundiais de biocombustíveis, Brasil e Estados Unidos, estão se unindo a uma iniciativa encabeçada pela Índia para impulsionar o consumo dessa fonte de energia ao redor do mundo. A informação foi revelada pela Bloomberg.

A Aliança Internacional de Biocombustíveis é uma das iniciativas do governo indiano no âmbito do G20, grupo que o país preside neste ano. A ideia é desenvolver padrões de biocombustível e motores, além de colaborar para uma adoção mais rápida destas tecnologias nos diferentes mercados.

Os indianos enxergam nos biocombustíveis uma alternativa mais viável e barata para diminuir a demanda por petróleo, reduzindo assim a dependência do país do fornecimento de combustível fóssil importado. Para o Brasil, uma adoção maior dos biocombustíveis pelo mercado indiano oferece novas oportunidades de mercado em um contexto energético bastante desafiador desde a pandemia.

Enquanto isso, as petroleiras também enxergam nos biocombustíveis uma oportunidade de negócio em tempos de transição energética. O Valor destacou o interesse da BP nesse mercado no Brasil. A empresa negocia com a Bunge a compra de sua fatia em uma joint venture sucroalcooleira operada pelas duas empresas desde 2019 no país. Além do etanol, a BP também se movimenta para investir na produção de biogás a partir da vinhaça da cana, além do biodiesel.

Em tempo: A Colômbia se prepara para receber cerca de US$ 70 milhões em recursos internacionais para transição energética. De acordo com o Climate Home, o valor será destinado à infraestrutura para levar eletricidade renovável para comunidades e empresas, incluindo baterias elétricas, linhas de transmissão e instalações para produção de hidrogênio verde. Os recursos virão do Fundo de Investimentos Climáticos (CIF), operado com doações do Reino Unido, Países Baixos e Suíça.

ClimaInfo, 7 de fevereiro de 2023.

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