Energia solar em geração distribuída ultrapassa 19 GW de capacidade no Brasil

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Um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mostra que a energia solar ultrapassou 19 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos no Brasil – a chamada “geração distribuída” (GD), produção de energia feita pelo próprio consumidor. Segundo a entidade, são mais de 1,8 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.

Desse total, 1,1 milhão de sistemas solares fotovoltaicos estão instalados em residências, reforça o Um só planeta. Os números são do mapeamento da SolarEdge, que fornece inversores fotovoltaicos, e tomou como base dados da ABSOLAR. São Paulo é o estado que lidera o ranking de “telhados solares”, com 228 mil moradias usando a tecnologia.

Somente no primeiro trimestre deste ano, o Brasil ganhou 1 GW de energia solar residencial em GD, mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apurados pelo Portal Solar. O número representa um crescimento de mais de 14% em relação a igual período do ano passado. Considerando outros perfis de consumo, o total solar instalado de janeiro a março foi de 1,89 GW.

Desde 2012, foram investidos cerca de R$ 97,1 bilhões, com a geração de mais de 570 mil empregos acumulados no período, em todas as regiões do Brasil. De acordo com os números da ABSOLAR, isso representou uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 28,1 bilhões no intervalo de tempo, informa o Canal Energia.

Na semana passada, o governo Lula zerou impostos federais sobre placas solares fotovoltaicas até 2026. Entretanto, a isenção não deve ter efeito imediato nos preços ao consumidor, explicou Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR, ao UOL. Segundo o executivo, o decreto estimulará, sim, a indústria nacional dos painéis, o que tende a baratear custos, mas no longo prazo.No mercado regulado, de consumidores de energia elétrica atendidos pela rede, há também uma boa notícia para o bolso. A bandeira verde, que zera tarifas extras sobre o consumo elétrico, deverá se estender até 2024, disse à Reuters o diretor da ANEEL, Hélvio Guerra. O motivo são os reservatórios hidrelétricos cheios, devido ao cenário hidrológico favorável, e a expansão da energia renovável, com novos projetos entrando em operação no período.

ClimaInfo, 4 de abril de 2023.

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