A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia (OPEP+) anunciaram nesta 2a feira (3/4) um corte inesperado na produção de petróleo para os próximos meses. De acordo com o cartel, a produção diária de óleo será reduzida em até 1,6 milhão de barris até o final de 2023.
Logo após o anúncio do corte, os preços internacionais do petróleo dispararam: contratos futuros do barril Brent para o mês de junho chegaram a ser negociados por US$ 84,60, alta de 5,9%. Já os barris de referência West Texas Intermediate, comercializado no mercado dos Estados Unidos, para o mês de maio foram negociados por US$ 80,38, alta de 6,22%.
A Arábia Saudita, que lidera a OPEP e é uma das maiores produtoras mundiais de petróleo, justificou a medida argumentando que ela seria uma “precaução” à possibilidade de uma redução na demanda global. No entanto, como a Folha assinalou, os cortes podem empurrar o preço do petróleo para US$ 100 o barril, com reflexos generalizados na economia global.
Já o Valor destacou a opinião de investidores e economistas sobre os efeitos da alta do petróleo na política monetária ao redor do mundo, com uma pressão maior sobre a inflação e a perspectiva de novas altas na taxa de juros. O corte também representa mais um tremor nas relações entre Estados Unidos e Arábia Saudita, aliados tradicionais que se distanciaram no último ano por conta do apoio saudita à Rússia no contexto da crise gerada pela invasão da Ucrânia.
A notícia foi amplamente abordada na imprensa, com manchetes em veículos como Al-Jazeera, Bloomberg, CNBC, CNeprodução CNN N, epbr, Folha, NY Times, O Globo e Reuters.
ClimaInfo, 4 de abril de 2023.
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