O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, confirmou que o país pretende destinar 2 bilhões de euros para o Fundo Climático Verde (GCF) da ONU, principal instrumento multilateral de apoio ao financiamento da ação climática. A promessa foi feita durante o Diálogo Climático de Petersberg, realizado em Berlim nesta semana.
Como assinalado pelo Climate Home, os valores prometidos pela Alemanha representam um acréscimo de 30% em relação à contribuição anterior do país ao GCF e deve ajudar no financiamento de novos projetos de mitigação e adaptação climática no mundo em desenvolvimento no período 2024-2027. Assim, a expectativa é de que o Fundo receba cerca de US$ 13 bilhões em doações dos países ricos no próximo ciclo de financiamento.
“Peço aos muitos doadores tradicionais e potenciais, vamos continuar essa história de sucesso, [o financiamento climático] é mais importante do que nunca”, disse Scholz, em um apelo aos demais países desenvolvidos e também às nações emergentes, como a China.
Por falar no país asiático, a Bloomberg também destacou a cobrança feita pela enviada especial alemã para o Clima, Jennifer Morgan, para que Pequim seja mais ambiciosa na construção de energia renovável e ajude a financiar os esforços nos países mais pobres. “Xi Jinping disse agora que é um jogador global – com esse status vem a responsabilidade”, disse Morgan.Já a China tem mantido o jogo duplo. O Climate Home abordou a articulação do país com a vizinha Índia para barrar as conversas em torno de um prazo para acabar com o uso dos combustíveis fósseis no encontro deste ano do G20. Segundo a reportagem, a diplomacia chinesa busca autonomia para definir sozinha seus roteiros de descarbonização, com “múltiplos caminhos de energia” a serem seguidos nesse sentido.
ClimaInfo, 5 de maio de 2023.
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