Fumaça dos incêndios florestais no Canadá piora qualidade do ar nos EUA e ruma para a Noruega

fumaça de incêndios florestais
ANGELA WEISS / AFP

O noroeste dos Estados Unidos segue convivendo com a densa fumaça gerada pelos megaincêndios que consomem florestas em quase todo o Canadá. Depois de um breve alívio de céu claro e ar mais limpo, a poluição voltou a dar as caras no sábado (10/6), ainda que de forma mais leve do que alguns dias antes.

Mesmo assim, como observou à Bloomberg o meteorologista Dominic Ramunni, do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA em Nova York, “enquanto os incêndios estiverem acontecendo, eles continuarão gerando fumaça”. Infelizmente, ao que tudo indica, as condições meteorológicas e a magnitude dos incêndios no Canadá não sugerem que o fim do fogo seja possível no curto prazo.

“As condições vão melhorar um pouco, mas não está nem perto de chover o suficiente para apagar os incêndios”, disse outro meteorologista, Doug Gillham, da Weather Network do Canadá, ao Washington Post. “Uma vez que um incêndio está fora de controle, é preciso muito para apagá-lo.”

A fumaça dos incêndios no Canadá está indo muito além da América do Norte. Como informaram CNN e Guardian, plumas de fumaça geradas pelo fogo nas províncias canadenses chegaram à Escandinávia, atingindo a Noruega. A névoa é perceptível a olho nu, mas os efeitos são bem menos perigosos do que aqueles aos quais cerca de 75 milhões de norte-americanos foram expostos na semana passada.

Mais do que a disseminação da fumaça, o que preocupa mesmo são os efeitos dela no Ártico. As correntes de ar estão levando as plumas para o Polo Norte, onde a fuligem deve encontrar o que resta de geleiras. O depósito dessa poluição escura sobre a cobertura branca deve intensificar o degelo no verão, já que a superfície escurecida absorve mais calor que o normal.

Associated Press, BBC e Reuters abordaram a situação dos incêndios no Canadá.

ClimaInfo, 12 de junho de 2023.

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