Morre John Goodenough, pioneiro das baterias de íon-lítio

John Goodenough
Daniel Leal / AFP

O renomado cientista John Goodenough, conhecido por suas contribuições revolucionárias no desenvolvimento das baterias de íons de lítio, faleceu no último domingo (25/6) aos 100 anos. Ganhador do Prêmio Nobel de Química, Goodenough é considerado um pioneiro do desenvolvimento tecnológico recente, com suas invenções servindo de base para inovações como telefones celulares, notebooks e veículos elétricos.

Nascido em 1922, Goodenough iniciou sua carreira acadêmica em física e, ao longo dos anos, contribuiu com uma série de avanços científicos e tecnológicos notáveis. Seu trabalho culminou na criação de uma bateria que permitiu dispositivos portáteis, como telefones celulares e laptops, funcionarem com mais eficiência e por períodos mais longos sem a necessidade de recarga constante.

Goodenough desempenhou um papel fundamental na criação das baterias de íons de lítio que impulsionam a revolução dos dispositivos eletrônicos portáteis e veículos elétricos modernos. Seu trabalho inovador na década de 1980 abriu caminho para a criação de baterias mais eficientes, leves e duradouras, que revolucionaram a indústria de tecnologia e energia e abriram espaço para a expansão recente dos carros elétricos e da energia eólica e solar. 

No final da vida, o cientista norte-americano também se notabilizou ao ser a pessoa mais velha a receber um Prêmio Nobel em 2019, aos 95 anos, em reconhecimento às suas contribuições para a ciência dos materiais e a tecnologia de baterias, junto com o anglo-americano M. Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino.

A morte de Goodenough teve grande repercussão na imprensa, com manchetes na AFP, Associated Press, Bloomberg e TIME, entre outros veículos.

ClimaInfo, 28 de junho de 2023.

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