América do Norte experimenta clima extremo e suas consequências

América do Norte clima extremo
Brandon Bell / Getty

Mais de 100 mortos e 1.000 emergências de saúde foram causadas por uma onda de calor no México, antes mesmo da chegada do verão. No sul dos Estados Unidos, os termômetros nas alturas também provocam problemas de saúde na população. Enquanto isso, o norte estadunidense sofre com o ar cada vez mais poluído pela fumaça dos incêndios florestais no Canadá, que já são os maiores da história da região. Os efeitos das mudanças climáticas castigam toda a América do Norte.

A insolação foi identificada como a principal causa de mortes no México, seguida pela desidratação, de acordo com o Ministério da Saúde do país. O norte mexicano registrou o maior número de fatalidades, relata o DW, com 64 mortes no estado de Nuevo Leon, e 19 no vizinho Tamaulipas. Ambos fazem fronteira com o estado americano do Texas, que também sofre um calor extremo.

Foram registradas temperaturas recorde em todo o sul dos EUA. Em algumas partes do Texas, os termômetros superaram 47oC. Calor semelhante matou pelo menos 279 pessoas no estado no ano passado, e centenas de atendimentos de emergência relacionados ao calor foram relatados neste mês.

Níveis já perigosos de calor aumentaram novamente no sábado (1/7) em grande parte do sul dos Estados Unidos. Avisos de calor excessivo estavam em vigor para a maior área metropolitana do Arizona, relata a AP, com Phoenix e comunidades vizinhas se aproximando de máximas de 46oC.

As ondas de calor extremas se tornarão mais frequentes e são resultado das mudanças climáticas, reforça Andrew Dessler, professor da Texas A&M University e diretor do Texas Center for Climate Studies, ao Guardian. “Clima é a média do tempo. Quando o tempo muda, o clima muda. Quando o clima muda, o tempo muda. A mudança climática pega um evento quente e o torna pior.”

No Canadá, cerca de 150 bombeiros da Coreia do Sul pousaram em Ottawa no domingo (2/7) para ajudar no combate aos incêndios florestais que ainda ocorrem na província de Quebec, informa a CBC. É a mais recente brigada internacional a chegar a Quebec para ajudar as equipes locais a lidar com as chamas, que atingem mais de 1,2 milhão de hectares na província.

A fumaça dos incêndios florestais canadenses vem afetando a qualidade do ar em grande parte dos Estados Unidos. Mas o Washington Post chama atenção para outro “show de fumaça”: os fogos de artifício de 4 de julho. O feriado se destaca como o dia mais poluído do ano em muitos locais do país, segundo dados de qualidade do ar. Em alguns casos, os níveis de poluição da pirotecnia são semelhantes à fumaça severa de incêndio florestal.

O clima extremo na América do Norte e seus efeitos foram destaque em diversos veículos, como Al Jazeera, CNN, New York Times, Reuters, Telesur, EcoWatch, Bloomberg, USA Today, CBS, npr, Guardian e AP.

ClimaInfo, 4 de julho de 2023.

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