Desmatamento cai na Amazônia e é recorde no Cerrado no 1º semestre

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Ueslei Marcelino / Reuters

A área desmatada na Amazônia detectada pelo sistema DETER, do INPE, caiu 33,6% no 1º semestre deste ano em relação a igual período do ano anterior. O Cerrado, porém, bateu recorde de desmate, com crescimento de 21% na mesma comparação.

Considerando somente junho, o desmate da Amazônia foi de 663 km², o menor desde 2018, antes do inominável assumir a presidência. Na comparação com igual mês de 2022, houve redução de 41%. No Cerrado também houve queda no mês, de 14,6%, com 867 km² desmatados, detalha a Folha.

De janeiro a junho, foram 2.649 km² desmatados na Amazônia segundo o DETER, quase quatro vezes a área de Salvador, na Bahia. Metade aconteceu em áreas privadas. Mato Grosso foi o estado com maior desmate no período, com 905 km², indica o g1 – 34% do total e alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado – e onde estão sete dos 20 municípios que registraram 50% do desmatamento. Já o Pará reduziu a devastação em 33% e ficou na segunda posição, com 28% da área, segundo o Valor.

Amazonas e Rondônia, onde houve uma concentração de ações do IBAMA contra o desmatamento, apresentaram queda de 55% e 56%, respectivamente. Por isso, o órgão ambiental deverá reforçar sua atuação em Mato Grosso.

O Cerrado perdeu 4.408 km² de vegetação – o índice mais alto já registrado pelo DETER no bioma. O número ficou cerca de 20% acima do recorde anterior, de 2018, quando o desmate no Cerrado passou de 3.774 km². Bahia e Maranhão respondem, juntos, por 51% da derrubada no primeiro semestre de 2023.

“Quando chegamos aqui sabíamos do desafio de fazer esse esforço considerando a complexidade e a diferença de 2003 para 2023, e que tínhamos que dar respostas”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sobre a diferença do cenário encontrado em sua primeira passagem pela pasta.

Para Marina, a queda no desmatamento na Amazônia é resultado da união entre a capacidade da equipe do ministério junto com uma decisão política. “O que nós temos aqui é o resultado dessa ação emergencial”, completou.

ClimaInfo, 7 de julho de 2023.

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