Eletrobras anuncia a venda de suas termelétricas a gás fóssil

Eletrobras mercado carbono
REUTERS / Brendan McDermid

Para autorizar a privatização da Eletrobras, parlamentares incluíram na lei de venda da estatal a obrigatoriedade de compra, pelo mercado regulado, de 8 GW em termelétricas movidas a gás fóssil, energia que, além de suja, é cara. Agora, a “corporation” Eletrobras – da qual o governo é acionista majoritário, mas não manda – dá partida em plano para se livrar de usinas termelétricas desse tipo. A companhia anunciou o início da estruturação da venda de seu portfólio de usinas térmicas a gás fóssil. A medida, que faz parte do Plano Estratégico 2023-2027 da Eletrobras, envolve a venda de usinas com capacidade total de 2 GW de, segundo a epbr. Os ativos devem render R$ 4,4 bilhões para a empresa.

O portfólio de térmicas a gás da Eletrobras é composto pelas usinas Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz e Complexo Interior (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori). Além disso, de acordo com o Valor, a companhia possui direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e do projeto Rio Negro.

A Eletrobras diz que a venda das termelétricas está alinhada a seus objetivos de descarbonização/”net zero”, simplificação da estrutura societária e reestruturação de seu portfólio de ativos, fortalecendo os objetivos ambientais e sociais da companhia, informam Terra, InfoMoney e MoneyTimes. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse que a Eletrobras planeja atingir emissões líquidas zero nos Escopos 1 (operações), 2 (energia consumida) e 3 (cadeia produtiva).

ClimaInfo, 12 de julho de 2023.

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