Ciclone mata três no RS e em SP; mudanças climáticas tornam eventos mais frequentes

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Isa Severo / RBS TV

A formação de mais um ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nesta semana trouxe fortes chuvas e rajadas de vento em boa parte da região Sul do Brasil, com reflexos em outros estados. Além da destruição registrada desde a última 3ª feira (11/7), três mortes foram confirmadas ontem (13).

A primeira vítima estava no município de Rio Grande, no sul do RS, conta o g1, onde os ventos chegaram a 140 km/h. As outras duas mortes aconteceram em São Paulo, em São José dos Campos, e em Itanhaém, também reportadas pelo g1 (aqui e aqui). Estadão e Folha abordaram os reflexos do ciclone no território paulista.

Em Santa Catarina, as rajadas foram ainda mais fortes, atingindo a velocidade de 146 km/h na região serrana. O número de unidades consumidoras sem energia elétrica chegou a 300 mil no estado.

A ocorrência de ciclones extratropicais não é rara, mas eles têm aparecido mais. Isso porque os ciclones encontram condições mais propícias para se formarem em um planeta mais quente e sob padrões climáticos mais instáveis. “É normal nessa época do ano ter ciclone, mas justamente por conta das mudanças climáticas e do aquecimento global os eventos extremos estão ficando mais frequentes”, destacou Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, ao g1. Um dos fatores é o aquecimento da Antártica, o que por sua vez altera a dinâmica entre ventos quentes e frios, conta o UOL.

Mesmo com a perda gradual de força do ciclone, o Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) manteve o alerta de alto risco de enxurradas, alagamentos e deslizamentos de terra em RS e SC. As áreas de maior risco são a região metropolitana de Porto Alegre, a grande Florianópolis e o sul catarinense. CNN Brasil, Folha e O Globo, entre outros, deram mais informações.

ClimaInfo, 14 de julho de 2023.

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