Os impactos econômicos do calor extremo na Europa e ao redor do mundo

18 de julho de 2023
Europa calor extremo
Creative Commons

O clima mais quente e os dias mais longos sempre foram atrativos para os turistas que vão à Europa, que costumam andar horas a fio por pontos turísticos em cidades como Atenas, Madri, Paris e Roma. O verão 2023 acendeu um alerta para a indústria turística: o calor excessivo pode espantar os visitantes.

A Reuters destacou dados da European Travel Commission (ETC) que já indicam um impacto imediato nas expectativas de recepção de turistas nos países europeus: o número de pessoas esperadas para visitar a região do Mediterrâneo de junho a novembro caiu 10% em relação ao ano passado. Por outro lado, destinos ao norte, com o clima mais ameno (ao menos por ora), podem ter maior procura, como Bulgária, Dinamarca e Irlanda.

O impacto do calor extremo no turismo é apenas uma parte do prejuízo econômico imposto pelo clima descontrolado. O NY Times assinalou que pesquisas científicas já demonstraram que os efeitos da temperatura mais alta sobre a economia abrangem a redução da produtividade dos trabalhadores, perdas na colheita agrícola, aumentos nas taxas de mortalidade e disrupção do comércio internacional. Soma-se ainda a necessidade de investimentos em infraestrutura e adaptação climática, que aumentam a pressão fiscal sobre os governos.

De imediato, o impacto mais visível da onda de calor que assola a Europa pode ser observado em dois ambientes: as florestas e os hospitais. No primeiro, o calor intenso, o ar seco e os ventos fortes alimentam focos de fogo na região de Atenas, na Grécia. Os incêndios seguem sem controle no território grego, forçando a evacuação de milhares de pessoas e o fechamento de uma rodovia de acesso à capital para proteção de uma refinaria de petróleo. Associated Press, Bloomberg e Reuters deram mais informações.

Já no segundo, o Guardian destacou o aumento acentuado no número de internações nos últimos dias em decorrência de problemas de saúde relacionados ao calor. Alguns hospitais relataram um aumento de até 25% nas chegadas às unidades de emergência com problemas de desidratação e outras doenças decorrentes da superexposição ao calor. Em Roma, os termômetros atingiram 41,8oC nesta 3ª feira (18/7), a maior marca já registrada na capital italiana.

As autoridades do país colocaram 23 cidades – entre elas, Roma, Florença, Palermo e Turim – sob alerta vermelho de ameaça à saúde pública e pediram aos governos regionais que estabeleçam um protocolo para priorizar o atendimento de pessoas com problemas relacionados ao calor, além de fazer acompanhamento preventivo nas residências.

ClimaInfo, 19 de julho de 2023.

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