O calor extremo que já afetava o sul e o sudoeste dos Estados Unidos avança agora para outras partes do país. Na Europa, a Grécia ainda luta contra as chamas dos incêndios florestais causados pelas altas temperaturas, enquanto o continente espera a chegada de uma nova onda de calor nestes dias. E além dos efeitos sobre a saúde humana, a fauna e a flora, setores econômicos contabilizam prejuízos financeiros com os termômetros nas alturas.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA emitiu alertas de calor nessa 2ª feira (24/7) para 40 milhões de americanos em pelo menos uma dúzia de estados, de Montana ao Texas e Flórida, informam ABC e CBS. As temperaturas escaldantes permanecerão no sudoeste e vão se intensificar no meio-oeste.
Em Phoenix, no Arizona, uma das cidades mais quentes dos Estados Unidos e que vem batendo sucessivos recordes de calor há vários dias, há uma corrida para salvar filhotes de pássaros. Muitos caem de seus ninhos com as altas temperaturas e acabam num centro de reabilitação de vida selvagem, relata o Washington Post.
A Bloomberg questiona por quanto tempo ainda será possível aos seres humanos viver em Phoenix e outros lugares quentes do país, por causa das mudanças climáticas e do “novo normal” de altas temperaturas. Um estudo recente da ProPublica sugeriu que a região de Phoenix estará entre as menos habitáveis do país até 2050, com metade do ano passado em temperaturas acima de 35oC.
O calor extremo também pressiona a economia, destaca a CNN. Embora ainda não haja cálculo do impacto econômico atual, estudos recentes mostraram que o calor extremo pode custar aos EUA US$ 100 bilhões anualmente, apenas com a perda de produtividade. Se não for controlado, pode consumir um sexto da atividade econômica global até o ano de 2100. E segundo o npr, o seguro residencial está se tornando mais caro e cada vez mais difícil de obter em estados que estão na linha de frente das mudanças climáticas.
Do outro lado do Atlântico, a Grécia viveu seu quinto dia consecutivo de incêndios florestais à espera de uma nova onda de calor que chega à Europa, segundo a Reuters. O calor extremo no continente também está afetando a economia, particularmente o setor de turismo. Segundo o CNBC, mais turistas estão priorizando temperaturas mais amenas ou viagens fora de temporada para evitar o calor opressivo. No Mediterrâneo, o número de visitantes caiu 10% neste ano, em parte devido ao clima extremo, confirma a France24.
Em tempo: Na província da Nova Escócia, no Canadá, começaram os trabalhos de limpeza após as chuvas torrenciais que causaram inundações devastadoras, enquanto a busca continuava por quatro pessoas, incluindo duas crianças, que desapareceram durante o dilúvio, informam Reuters e CBC. E no Afeganistão, autoridades locais disseram que as inundações após tempestades mataram 31 pessoas, e ainda havia dezenas de desaparecidos, de acordo com DW e CNN.
ClimaInfo, 25 de julho de 2023.
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