As evidências da crise climática não param de crescer e cada vez mais colocam à prova nossa sobrevivência. O verão no Hemisfério Norte tem sido o exemplo mais evidente disso, com tragédias climáticas variadas ocorrendo em diversos países.
Nos Estados Unidos, mais de 170 milhões de pessoas estão sob alerta de calor esta semana, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia do país, já que uma onda de calor que afetou o sul do país por semanas se expandiu para partes das Grandes Planícies, centro-oeste e nordeste dos EUA. Segundo o Guardian, entre 250 e 275 milhões de pessoas enfrentarão termômetros de 32oC, pelo menos, e a possibilidade de ser o momento mais quente do verão.
As altas temperaturas também estão testando a infraestrutura dos EUA, relata a CNN. A PJM Interconnection – o maior sistema de rede elétrica do país, atendendo a 65 milhões de pessoas – declarou alerta de emergência. A mudança ativa todos os sistemas para estarem online, incluindo os com interrupções planejadas. O calor excessivo já interrompeu as atividades de algumas das principais refinarias de petróleo dos EUA.
Nos países mediterrâneos da Europa e da África, a onda de calor e ventos fortes alimentam incêndios florestais em várias regiões. Na Grécia, houve uma série de explosões em um depósito de munição da força aérea do país, e caças F-16 estavam sendo movidos de uma base aérea próxima como precaução enquanto os bombeiros trabalhavam para domar vários incêndios, detalha a AP. Com cinco mortos pelo fogo no país até o momento, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis disse que a Grécia precisa tomar mais medidas para combater os efeitos da mudança climática, de acordo com a Reuters.
Na ilha Gran Canaria, território espanhol na costa da África, bombeiros conseguiram estabilizar o incêndio que devastou 400 hectares de floresta no centro da ilha, informa a Reuters. O fogo provocou a evacuação de centenas de moradores de suas casas, bem como dezenas de crianças de um acampamento perto do topo de uma montanha.
Já na Ásia, o tufão Doksuri ruma para a China. Três cidades costeiras na província de Fujian fecharam escolas, empresas e fábricas na 5ª feira (27/7), enquanto as autoridades de controle de enchentes em uma delas, Xiamen, alertaram para um “sério impacto”, destaca a Al Jazeera.
O Doksuri passou pelas Filipinas, onde deixou um rastro de mortes e destruição. Oito pessoas morreram quando o tufão devastou regiões do país com fortes ventos e chuvas. Na 5ª feira (27/3), houve a confirmação de mais 20 mortes depois que um barco de passageiros virou.
Axios, CNN, Independent e Guardian noticiaram as tragédias climáticas.
ClimaInfo, 28 de julho de 2023.
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