Phoenix bateu um recorde ingrato ao se tornar a cidade com a maior média de temperatura para um mês da história dos EUA.
Phoenix tem sido o epicentro da onda de calor que assola boa parte da América do Norte nas últimas semanas. Nos 31 dias de julho, a máxima média ficou em 45,94oC; a média de temperatura, por sua vez, superou os 38oC ao longo do último mês. Nas duas medições, são os maiores registros já feitos nos EUA continentais até hoje.
A capital do Arizona encerrou na última 2ª feira (31/7) seu recorde de 31 dias consecutivos com máximas superiores a 43oC. Mas o “alívio” será momentâneo, pois meteorologistas preveem que o calor deve se intensificar até o final da semana e persistir por algumas semanas.
O calor também bateu recordes no mês em outras cidades no sul dos Estados Unidos. De acordo com a CNN, locais como Miami (Flórida), Baton Rouge (Louisiana) e Las Vegas (Nevada) também fecharam o último mês com altas históricas de temperatura.
A persistência do calor está alarmando médicos e autoridades nos EUA. O The Guardian destacou a avaliação de especialistas, que já esperam por um número recorde de mortes relacionadas ao calor em 2023. “Estamos vendo todo o espectro de riscos, desde a exaustão pelo calor até mais lesões, desde a desidratação até mesmo novas doenças transmitidas por alimentos ou água, porque as bactérias podem se replicar mais rapidamente em climas mais quentes”, disse Gregory Wellenius, especialista em saúde ambiental da Universidade de Boston.
Em Miami, a comissária de aquecimento do condado de Miami-Dade, Jane Gilbert, tem se desdobrado para conscientizar as pessoas sobre os riscos do forte calor. A primeira representante governamental de uma cidade nos EUA voltada especificamente para os impactos do calor, ela destacou ao Inside Climate News os riscos das altas temperaturas à saúde humana, principalmente daqueles que trabalham ou ficam expostos ao ar livre. Axios, Bloomberg, CBS News, Fox e Washington Post, entre outros, repercutiram a situação em Phoenix e os efeitos da onda de calor nos EUA.
ClimaInfo, 2 de agosto de 2023.
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