A combinação de onda de calor e seca tornaram a Península Ibérica um “barril de pólvora” neste verão, com milhares de hectares tomados pelo fogo.
Depois da Grécia sofrer com incêndios florestais, agora Portugal e Espanha enfrentam focos múltiplos em diversas áreas, desafiando os bombeiros e as autoridades. Os incêndios estão tão fortes que podem ser claramente vistos por satélites, como mostrou o g1.
A situação é mais grave em Portugal. Na cidade de Odemira, no sul do país, mais de 1,4 mil pessoas precisaram ser retiradas de suas casas. Mais de mil bombeiros estão atuando no combate ao fogo na região, que já destruiu cerca de 10 mil hectares. Ao norte, os portugueses também estão sob alerta de risco de incêndio nos arredores de Bragança, onde a temperatura máxima chegou a expressivos 44,4ºC na última 3ª feira (8/8).
Portugal também registrou seu recorde histórico de temperatura nesta semana. Segundo a Associated Press, os termômetros chegaram a 46,6ºC na cidade de Santarém, cerca de 80 km a nordeste da capital do país, Lisboa. O forte calor deu um alívio nesta 4ª feira (9), mas a expectativa é de que as máximas sigam acima dos 30ºC pelas próximas semanas.
Já na Espanha, as temperaturas mais altas devem persistir até o final da semana. De acordo com a MetSul, os meteorologistas espanhóis esperavam por novos recordes de calor ontem, com o potencial de ficar entre os cinco dias mais quentes em agosto desde 1950. Onze zonas do país estão sob alerta vermelho por causa do forte calor, especialmente ao sul (Andaluzia) e ao norte (País Basco, Castela e Leão), além dos arredores de Madri.
Já na Grécia, na outra ponta do Mediterrâneo, 47 incêndios foram controlados entre 3ª e 4ª feira, mas oito regiões permaneciam em alerta máximo, por causa dos ventos fortes. Na tarde de ontem, as autoridades ordenaram que os moradores evacuassem duas áreas perto da cidade de Maratona, a leste de Atenas, devido a um incêndio florestal.
AFP, Al-Jazeera, Bloomberg, Reuters e Sky News, entre outros, destacaram o combate ao fogo em Portugal e os efeitos do calor na Península Ibérica.
ClimaInfo, 10 de agosto de 2023.
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