Alertas de desmatamento caem 66% na Amazônia em agosto

desmatamento Amazônia
Leonardo Milano / ICMBio

O bioma registrou 563,09 km² de devastação no mês, a menor taxa para agosto desde 2019. Por outro lado, o Cerrado mantém trajetória de alta.

O ritmo de destruição da Floresta Amazônica sofreu uma redução expressiva, de 66%, em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2022. Foram 563,09 km² de desmatamento, a menor taxa para agosto desde 2019, o primeiro ano do (des)governo do inominável, quando houve desmatamento recorde. Em agosto de 2022, a taxa de desmate ficou em 1661,02 km². Os dados são do sistema DETER, do INPE.

Se na Amazônia a retomada das ações de fiscalização e combate a ilegalidades mostra resultados – desde abril os índices de destruição vêm caindo –, no Cerrado a situação continua muito preocupante. Houve um aumento de 2% no desmate no bioma na comparação anual, suficiente para alcançar o segundo maior valor da média histórica para o mês, destaca a Folha. Foram 462,72 km² de vegetação nativa derrubados, ante 451,81 km² em agosto do ano passado.

Além do desmatamento, as queimadas na Amazônia tiveram queda expressiva em relação a agosto do ano passado, relata o Valor. Foram detectados 17.373 focos de calor no bioma no mês passado. Já em agosto de 2022 foram 33.116 focos, o que significa uma redução de 47%.

E mesmo no Cerrado, apesar do crescimento no desmate, as queimadas de agosto tiveram uma redução considerável, de 35%, em comparação a igual mês do ano anterior. No mês passado, foram registrados 6.850 focos de calor no bioma, ante 10.567 em agosto de 2022.

Os números do INPE foram destaque também n’O Globo, g1, Agência Brasil, Estado de Minas e Brasil 247, entre outros veículos.

Em tempo: Municípios campeões em desmatamento na Amazônia que promoverem ações para reduzir a destruição podem ser contemplados com investimentos de até R$ 600 milhões do Fundo Amazônia para medidas de regularização fundiária e ambiental, informa Miriam Leitão n’O Globo. A iniciativa envolve vários elementos novos. O mais inédito é a tentativa da União de buscar um pacto político com os municípios e esferas do Legislativo local e federal para conter o desmatamento e reverter a degradação amazônica, destaca Daniela Chiaretti no Valor. No Dia da Amazônia, o presidente Lula tinha dito que o governo federal não pode tratar os prefeitos de municípios amazônicos como inimigos e precisa convencer esses gestores a ajudarem a União a manter a floresta amazônica em pé, informou o Valor.

 

ClimaInfo, 11 de setembro de 2023.

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