Sobe para 47 número de mortos no RS, e chuvas voltam a castigar o estado

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@ Exército Brasileiro / Twitter

Último óbito foi registrado em Colinas, e pela previsão do tempo, várias regiões gaúchas deverão registrar acumulado de 100 mm de chuva até 5ª feira.

As tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul na semana passada já mataram 47 pessoas, segundo novos números divulgados pela Defesa Civil e pelo vice-governador do estado, Gabriel Souza, na manhã de 3ª feira (12/9). Há ainda 9 desaparecidos – no início da semana, a Defesa Civil chegou a contar 46 pessoas desaparecidas, mas a maior parte delas foi encontrada, informa o UOL.

O último óbito foi registrado no município de Colinas. A cidade com o maior número de mortes é Muçum, com 16 já confirmadas. Roca Sales contabiliza 11 mortos, seguida de Cruzeiro do Sul (5), Lajeado (3); Colinas, Estrela e Ibiraiaras (2 óbitos cada). Bom Retiro do Sul, Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza registraram um óbito cada, relata a Agência Brasil.

E mesmo ainda se recuperando da tragédia, o Rio Grande do Sul volta a sofrer com mais extremos climáticos na 2ª feira (11/9). À tarde, o norte do estado registrou calor muito intenso para os padrões de setembro, que mais lembrava de auge de verão. Enquanto isso, uma frente fria começava a ingressar no sul gaúcho, com chuva, raios e temporais isolados, informa o MetSul.

Desde então, rajadas de quase 70 km/h derrubaram postes e árvores em Porto Alegre, capital do estado. No aeroporto internacional Salgado Filho, pelo menos 16 voos foram cancelados por conta do vento até a manhã de 3ª feira (12/9), segundo o g1.

De acordo com os meteorologistas, várias regiões gaúchas deverão registrar um acumulado de 100 mm de chuva, pelo menos, até 5ª feira (14/9). Uma delas é o Vale do Taquari, a mais afetada pelas chuvas da semana passada, aponta a Carta Capital. E um sistema de baixa pressão vindo do Paraguai deve formar um novo ciclone extratropical no estado, a partir da madrugada de 4ª feira.

CNN, g1, Agência Brasil, GZH e Climatempo noticiaram as chuvas no Sul.

Em tempo: Além das chuvas extremas e do ciclone extratropical que atingiram o Sul na semana passada, o desastre climático teve dois grandes agravantes: o desmatamento das matas ciliares e o crescimento urbano próximo às margens do rio Taquari, na região mais atingida no território gaúcho. “Os municípios de Estrela e Lajeado, assim como a maioria dos municípios situados no baixo curso da bacia hidrográfica do rio Taquari-Antas, sofrem frequentemente com a ocorrência de inundações. Um dos grandes problemas das inundações está relacionado com as ocupações de áreas de margens e com o desmatamento das florestas e matas ciliares, que tem protegem os corpos d’água”, disse ao Projeto Colabora Caroline Borges, doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que pesquisa justamente a ocorrência de inundações e desastres socioambientais em Estrela e Lajeado.

 

ClimaInfo, 13 de setembro de 2023.

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