Furacões estão ficando mais frequentes e mais fortes no Atlântico, aponta estudo

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Mudanças climáticas aumentaram em duas vezes a probabilidade de um furacão fraco ou uma tempestade tropical se tornar um grande furacão em apenas 24 horas.

Os furacões que atravessam o Oceano Atlântico têm agora duas vezes mais chance de passar de uma fraca tempestade de categoria 1 para um grande furacão de categoria 3 em apenas 24 horas. É o que mostra um estudo publicado na Scientific Reports.

Nos últimos 20 anos, a probabilidade de tal cenário se desenrolar na Bacia do Atlântico foi de 8,12%. Como destaca a Reuters, no período de 1970 a 1990, a chance de tal quadro ocorrer era de apenas 3,23%, aponta o levantamento. Agora também é mais provável que os furacões se intensifiquem rapidamente ao largo da costa leste dos EUA e no Mar do Caribe, mas ganhem força mais lentamente no Golfo do México.

Quando as tempestades se intensificam rapidamente, especialmente quando se aproximam da terra, torna-se difícil para as pessoas decidirem o que fazer, explica a AP. Também torna mais difícil para os meteorologistas prever o quão ruim será e para os gestores de emergência se prepararem, disse Andra Garner, cientista climática da Rowan University de Nova Jersey e autora do estudo.

“Sabemos que as nossas tempestades mais fortes e prejudiciais muitas vezes se intensificam muito rapidamente em algum momento”, disse Garner, destacando Maria, de 2017, que alguns investigadores disseram ter matado quase 3.000 pessoas direta e indiretamente. “Estamos falando de algo difícil de prever e que certamente pode levar a uma tempestade mais destrutiva.”

O estudo se soma a um conjunto crescente de investigações que concluem que as mudanças climáticas estão tornando os furacões mais úmidos e no geral mais intensos em todo o mundo, provocando perdas econômicas significativas. Prova disso é que quatro dos cinco furacões do Atlântico que causaram mais prejuízos humanos e financeiros ocorreram a partir de 2017.

New York Times e ABC também destacaram o estudo.

 

ClimaInfo, 24 de outubro de 2023.

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