Ar de Manaus volta a ficar péssimo com nova onda de fumaça de queimadas

Manaus fumaça queimadas
Reprodução/Rede Amazônica g1

Capital amazonense volta a “desaparecer” sob nuvem de fumaça, com poluição atmosférica em níveis alarmantes cerca de 20 dias após registrar um ar quase irrespirável.

Com a seca extrema sem dar trégua, uma onda de fumaça oriunda de queimadas voltou a atacar Manaus no início da semana. O fenômeno começou no domingo (29/10) e se estendeu até 2ª feira (30/10), e a qualidade do ar na capital amazonense voltou a ficar péssima, segundo o sistema “Selva”, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Há cerca de 20 dias, a poluição da fumaça das queimadas fez Manaus ser a segunda pior cidade do mundo em qualidade do ar.

O bairro do Morro da Liberdade foi um dos mais afetados. A qualidade do ar, que segundo o sistema “Selva” é considerado péssima entre 125 e 160, chegou a 176. Na Vila Buriti, o índice alcançou 158,9, detalha o g1.

A prefeitura de Manaus afirmou que, conforme dados do programa Queimadas, do INPE, a fumaça teve origem nos municípios da região metropolitana. Na Grande Manaus, as cidades que mais tiveram registros de queimadas foram Presidente Figueiredo (17), Autazes (14), Careiro da Várzea (13), Careiro (12), Itacoatiara (10) e Rio Preto da Eva (2), informam CNN, BNC Amazonas e g1.

Ainda de acordo com a prefeitura manauara, havia 243 focos de queimadas ativos em todo o estado. Até domingo (29/10), o Amazonas somava 3.779 focos de queimadas em outubro. Uma explosão sobre igual período do ano passado, quando foram registrados 1.503 focos, explica A Crítica.

O ar poluidíssimo de Manaus e as queimadas no Amazonas também foram notícia no Metrópoles, BNC Amazonas, Amazonas Atual e Diário do Nordeste.

Em tempo: Após atingir seu nível mais baixo em 121 anos de medição, de 12,70 metros, o rio Negro voltou a subir em Manaus. Foram 131 dias seguidos de descida, desde 17 de junho, até o primeiro registro da elevação das águas, no sábado (30/10), que continuou no domingo e na 2ª feira, informam g1, CNN, Correio Braziliense, R7 e Revista Fórum. Em três dias, a cota do Negro se elevou em 17 centímetros, chegando a 12,87 metros anteontem. Os dados são do Porto de Manaus, responsável pela medição diária do rio Negro, no Centro de Manaus. No Metrópoles, Guilherme Amado destaca que os rios amazônicos registraram 21 mínimas históricas em dois meses, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

 

ClimaInfo, 1º de novembro de 2023.

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