Desmatamento em Áreas Protegidas da Amazônia foi o menor em 9 anos

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Reprodução Redes Sociais

Devastação em Unidades de Conservação e Terras Indígenas caiu quatro vezes entre 2022 e 2023, mostra o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon

Os alertas de desmatamento na Floresta Amazônica caíram 50% no ano passado em relação a 2022, registrando o menor valor desde 2018, mostrou há alguns dias o sistema DETER, do INPE. Agora o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, constata uma queda percentual ainda maior, de 73%, no desmate em Unidades de Conservação e Terras Indígenas da região – o menor índice em 9 anos.

Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). No ano passado, foram derrubados 386 km² de floresta em áreas protegidas – Terras Indígenas e Unidades de Conservação –, uma área equivalente à cidade de Belo Horizonte, compara o g1. Em 2022, a devastação em TIs e UCs totalizou 1.431 km². Assim, o desmatamento nesses territórios caiu quase quatro vezes em 2023, com uma diminuição de 73% sobre o ano anterior, destaca ((o))eco.

Percentualmente, a diminuição da destruição nas Áreas Protegidas (AP) foi maior do que a queda geral na derrubada na Amazônia como um todo detectada pelo SAD. Se em 2022 o sistema do Imazon constatou uma destruição de 10.573 km² na Floresta Amazônica, no ano passado esse número caiu 62%, para 4.030 km², quase um terço do tamanho original.

Segundo o Imazon, a TI Apyterewa e a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, ambas no Pará, foram as mais devastadas na Amazônia nos últimos anos. As perdas se devem sobretudo à pecuária, à extração de madeira e ao garimpo ilegal.

“A redução expressiva do desmatamento em Áreas Protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os Povos e Comunidades Tradicionais que residem nesses territórios”, explica o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza Jr..

O instituto também explica a diferença de valores e percentuais entre o SAD, do Imazon, e o DETER, do INPE. De acordo com o Imazon, seus satélites são mais refinados que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare. Já os alertas do INPE levam em conta áreas maiores que 3 hectares.

Um só planeta, TV Cultura, CNN, Poder 360, Terra e Folha BV também repercutiram os dados do Imazon sobre desmatamento na Amazônia.

 

ClimaInfo, 24 de janeiro de 2024.

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