Novo Fundo Clima é aprovado com R$ 10 bilhões para projetos sustentáveis

Novo Fundo Clima aprovado
MMA/gov.br

Segundo o BNDES, gestor do fundo, recursos vem da captação de US$ 2 bilhões no exterior com títulos soberanos sustentáveis lançados pelo Ministério da Fazenda.

Criado em 2009, o Fundo Clima faz parte da Polícia Nacional de Mudança do Clima (PNMC) e já movimentou quase R$ 2,5 bilhões em financiamentos. Foi ignorado no governo anterior e retomado pelo governo Lula. Agora, terá recursos bastante turbinados.

O novo projeto do Fundo Clima foi aprovado pelo BNDES, gestor da iniciativa, na 4ª feira (13/3). Serão até R$ 10,4 bilhões disponibilizados para financiar medidas de combate às mudanças climáticas, informam Folha, O Globo, Terra, MSN e Sagres.

Os projetos financiados devem fazer parte de seis áreas prioritárias, detalhou o banco de fomento: desenvolvimento urbano resiliente e sustentável; indústria verde; logística, transporte coletivo e mobilidade verde; transição energética; florestas nativas e recursos hídricos; e serviços e inovação verdes. As taxas anuais vão de 1% [florestas nativas e recursos hídricos] a 8% [projetos de transição energética], além do spread do projeto [remuneração do BNDES].

Parte dos recursos, de acordo com o banco, vem da captação de US$ 2 bilhões no exterior com títulos soberanos sustentáveis lançados pelo Ministério da Fazenda. Os títulos tinham como objetivo ajudar a financiar ações de preservação ambiental, mitigação de mudanças climáticas e conservação.

“O novo Fundo Clima é um exemplo da confluência das três grandes iniciativas do governo. Tem mobilidade urbana, que está no Novo PAC; tem a indústria mais verde, que está no Nova Indústria Brasil; e tem a recuperação de florestas e o investimento em energias renováveis, que estão no Plano de Transição Ecológica”, disse o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do banco, Nelson Barbosa, em nota à imprensa.

Para Barbosa, a tendência é de crescimento da demanda por financiamento, principalmente em energia solar, biometano, hidrogênio verde, mobilidade urbana e recuperação de florestas.

Em 2023, o Fundo Clima contratou R$ 733,2 milhões em operações, segundo o BNDES. Foram 27 operações, que tiveram mais de R$ 1 bilhão de outras fontes do banco. Do total de operações, a maior parte envolvia energias renováveis (13) e equipamentos eficientes (10). Além disso, o banco financiou um projeto de mobilidade urbana, um de carvão vegetal e outro na categoria cidades sustentáveis e mudança do clima.

Ao todo, as operações financiadas no ano passado podem evitar a emissão de 4,3 milhões de toneladas de CO, diz o BNDES. O volume equivale às emissões de poluentes de carros na região metropolitana de São Paulo em 10 meses.

 

 

ClimaInfo, 15 de março de 2024.

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