O país registrou mais de 21,5 mil mortes por calor nos últimos 25 anos, com óbitos anuais saltando 117% na comparação entre 1999 e 2023.
Um novo estudo publicado nesta semana na revista Journal of the American Medical Association (JAMA) estimou o número de mortes relacionadas ao calor nos Estados Unidos nos últimos 25 anos. O quadro é preocupante: nesse período foram registrados 21.518 óbitos no total. E na comparação entre o primeiro e o último ano, o número anual de mortes saltou de 1.069 em 1999 para 2.325 em 2023, uma alta de 117%.
Os dados foram obtidos a partir de registros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Segundo a análise, de 1999 a 2016, o número de mortes relacionadas ao calor mostrou “variabilidade ano a ano”, com picos em 2006 e 2011. No entanto, depois de 2016, esse aumento tem ocorrido de forma constante, com cada ano registrando números superiores ao anterior.
Os estados do sudoeste do país são os que concentram a maior parte das mortes associadas às altas temperaturas. Cerca de 48% do total de óbitos registrados nos EUA entre 1999 e 2023 ocorreram no Arizona, Califórnia, Nevada e Texas. Essa mesma área deve enfrentar nos próximos dias mais uma onda de calor que pode causar as temperaturas mais altas deste verão, informa o Guardian.
“É muito provável que continuemos a enfrentar esse tipo de problema de calor extremo”, disse Jeffrey Howard, professor associado de saúde pública na Universidade do Texas em San Antonio e autor principal do estudo, ao NY Times. “Não é algo que vai desaparecer.”
“À medida que as temperaturas continuam a subir por causa das mudanças climáticas, a tendência recente de aumento [das mortes relacionadas ao calor] provavelmente continuará”, assinalou o estudo. “Autoridades locais em áreas de alto risco devem considerar investir na expansão do acesso a centros de hidratação e centros de resfriamento públicos ou outros edifícios com ar-condicionado”.
Axios, CBS News, CNN, TIME e USA Today, entre outros, também repercutiram as principais conclusões do estudo.
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ClimaInfo, 29 de agosto de 2024.
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