
O governo federal lançou em Washington na 4ª feira (23/10) a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP) que quer cadastrar projetos verdes e conectá-los com fontes de financiamento públicas ou privadas. Ao lado da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o ministro da Fazenda Fernando Haddad detalhou o mecanismo, que direciona recursos para projetos de enfrentamento às mudanças climáticas.
A BIP tem três áreas principais de atenção: soluções baseadas na natureza e bioeconomia; indústria e mobilidade; e energia, detalha o Capital Reset. Combustíveis sustentáveis, recuperação de vegetação nativa e eólicas offshore são algumas das prioridades do programa.
Projetos que se encaixem em uma das três grandes áreas deverão fazer submissões por meio da plataforma. Esses projetos, então, serão compartilhados com uma rede de instituições financeiras que inclui bancos multilaterais de desenvolvimento e fundos de investimento, por exemplo.
“A plataforma é a realização de um ano e meio de iniciativas do Ministério da Fazenda que permitiram um novo horizonte para a agenda climática do Brasil”, disse Haddad. É “a conclusão de um processo de estruturação de marcos regulatório e financeiro para financiamentos verdes”, completou o ministro.
Segundo Marina, a BIP seguirá o Plano Clima, que norteará a política climática do país até 2035, com estratégias nacionais e planos setoriais nos eixos de mitigação e adaptação. Também terá como base o Plano de Transformação Ecológica, que coordena a transição verde da economia brasileira, com o objetivo de atingir a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050, destaca o Valor.
Além da atividade fim, há outras quatro exigências para os projetos: alinhamento com os planos de transição nacionais, como a Nova Indústria Brasil; impacto climático significativo, via redução ou sequestro de gases de efeito estufa; necessidade de capital relevante e também de apoio da BIP para levantá-lo; e benefícios sociais além do impacto ambiental positivo.
Valor, O Globo, UOL, Metrópoles, CNN, Exame, Metrópoles, Poder 360 e Agência Gov também repercutiram o lançamento da BIP.