
De janeiro a setembro, o BNDES desembolsou R$ 10,4 bilhões para projetos na Amazônia Legal. A cifra representa um aumento de 44% ante os R$ 7,22 bilhões repassados pelo banco de janeiro a setembro de 2023, e de 83% sobre os R$ 5,68 bilhões dos nove primeiros meses de 2022, no governo anterior.
Além disso, as contratações do banco de fomento na Amazônia Legal somaram R$ 13,2 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, informam Folha e Brasil 247. O valor contratado é 3,1% maior que os R$ 10,05 bilhões registrados até setembro de 2023 e representa um avanço de 58% frente a igual período de 2022, quando foram contratados R$ 8,32 bilhões.
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que aumentar os investimentos sustentáveis na Amazônia é estratégico para garantir a liderança do Brasil no processo de transição energética. Mas é preciso lembrar que os planos do governo nesse sentido ainda não estão claros, e o próprio banco deu sinais de que financiaria projetos de petróleo e gás fóssil da Petrobras.
“A Amazônia é um grau a mais ou a menos na temperatura do planeta. Por isso o banco tem feito um enorme esforço para alavancar projetos sustentáveis na região, procurando gerar mais empregos de qualidade e renda para as cerca de 28 milhões de pessoas que vivem naquele território”, explicou Mercadante.
O presidente do BNDES declarou ainda que o banco está empenhado no projeto do Arco da Restauração. Em sua 1ª fase, os recursos do Fundo Clima se somarão a outras fontes de apoio para investimentos de até R$ 51 bilhões, para restaurar 6 milhões de hectares de áreas prioritárias até 2030. Já a 2ª etapa do projeto prevê investimentos de até R$ 153 bilhões, também com participação de recursos do Fundo Clima, para restaurar 18 milhões de hectares até 2050.
“A meta ambiciosa agora depende de apoio internacional”, frisou Mercadante.