Após três dias de debates, o G20 Social apresentou no sábado (16/11) sua declaração final. O texto defende a “taxação progressiva dos superricos”, frisa que a democracia “está em risco quando forças da extrema direita promovem desinformação” e cobra uma reforma do Conselho de Segurança da ONU ampliando a participação de países do Sul Global – reivindicação feita por Lula desde seu primeiro mandato.
A declaração final do G20 Social pressiona os governos dos países do grupo a adotarem medidas com objetivos mais ambiciosos. Para organizações da sociedade civil, é preciso um compromisso mais firme no enfrentamento das mudanças climáticas e das desigualdades. O pleito para a reforma dos organismos multilaterais e a taxação dos superricos faz parte da agenda prioritária do Brasil e consta das negociações da cúpula do G20, lembra O Globo. O consenso sobre a necessidade de se tributar bilionários, no entanto, está em risco desde que a Argentina recuou de seu apoio ao tema.
Para o Observatório do Clima, a taxação dos superricos é um debate central, destacam Agência Brasil e IstoÉ: “Os países do G20 são responsáveis por cerca de 80% das emissões dos gases de efeito estufa e concentram 80% da riqueza do mundo. Nenhum país pode alegar falta de recursos para financiamento climático se não taxar seus bilionários de forma justa. A taxação progressiva sobre os superricos é um passo crucial para financiar a adaptação à mudança do clima e a transição energética justa.”
A declaração final do G20 Social foi entregue ao presidente Lula, que vai levar as reivindicações aos chefes de Estado e de governo do grupo, informa o Correio Braziliense. Na cerimônia de entrega do texto, Lula ressaltou a importância da mobilização para pressionar a adesão dos países à Aliança Global contra à Fome e à Pobreza e a tributação dos superricos, pautas prioritárias do governo federal.
A declaração final do G20 Social também foi destacada por Carta Capital, CNN, Poder 360, Band e g1, entre outros veículos.
