
Uma frente fria começou a avançar em direção a São Paulo ontem (3/4), causando fortes chuvas no Sul e no Sudeste. Nas duas regiões, a combinação de calor e umidade favorece temporais, que devem castigar particularmente os estados de São Paulo e Rio de Janeiro durante todo o fim de semana, com alto risco de inundações e deslizamentos em várias áreas.
As tempestades podem gerar um acumulado de 600 mm de chuvas nos dois estados somados até domingo, informa o Meteored, um volume atípico tanto para o mês de abril como para o outono. Segundo o g1, São Paulo pode acumular, até sábado, 100 mm na capital, chegando a 250 mm a 350 mm no litoral, da Baixada Santista até Ubatuba – a média histórica de chuva para abril no litoral paulista é de 200 mm.
No Rio, a Climatempo alertou para uma chuva excepcional, que começa a piorar hoje e tem o ápice no sábado. O CEMADEN emitiu alerta de fortes chuvas para várias regiões, incluindo Petrópolis, na Região Serrana. Entre Paraty, no sul fluminense, e a Região Serrana, pode chover mais que o triplo da média de abril em apenas três dias.
Também são esperados temporais nos três estados do Sul. Cidades gaúchas e paranaenses devem registrar os maiores volumes de chuva. Santa Terezinha de Itaipu (PR), Jaguarão (RS), Gramado (RS) e Nova Prata (RS) estão entre as cidades com maiores acumulados de chuva previstos, detalha a CNN.
O frio também se intensifica. As temperaturas mínimas previstas chegam a 15°C em cidades do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Hoje, as menores temperaturas devem ser registradas em Santa Catarina, com mínimas de 6°C em Urupema e São Joaquim. Há risco de geada na madrugada de sábado, com possibilidade de temperaturas negativas nas áreas mais altas da Serra Catarinense.
O litoral sul do país deve ficar com o mar agitado, com ondas de 2 a 3,5 metros. A ressaca avança até o Espírito Santo no domingo.
Meteored, Band, O Globo, Brasil 247 e g1 também noticiaram a previsão de chuvas extremas em SP e RJ no fim de semana.
Em tempo: O Rio de Janeiro tem quase 600 mil moradias em áreas de alta vulnerabilidade a enchentes e deslizamentos, o que equivale a 21% de todos os domicílios da cidade, mostra o Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas. Lançado na 4ª feira (2/4), o índice faz parte de um estudo realizado pelo projeto Rio 60°C da Ambiental Media, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), informa a Folha. Os números reforçam o alerta para eventos extremos, como chuvas intensas e ondas de calor, que devem se tornar mais frequentes e intensas, podendo colocar em risco milhões de pessoas. E escancaram ainda mais a urgência de ações de adaptação climática, tanto no Rio de Janeiro como em milhares de cidades do país.