Governo lança 2º leilão do Eco Invest para recuperar áreas degradadas

Intenção é alavancar investimentos em produção sustentável de alimentos a partir de critérios ambientais e climáticos rigorosos.
29 de abril de 2025
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MMA

O governo federal anunciou nesta 2a feira (28/4) o segundo leilão do Eco Invest Brasil, iniciativa que busca atrair capital privado para financiar a recuperação de 1 milhão de hectares de pastagens e terras degradadas. O projeto, inserido no Programa Caminho Verde Brasil, abrange cinco biomas brasileiros: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal. A Amazônia, por suas especificidades, contará com um leilão exclusivo futuramente.

“É mais um leilão que começa a criar um processo virtuoso, que deve influenciar novas dinâmicas e conversa com o Plano Clima, com a nossa meta climática (NDC) e para chegarmos ao desmatamento zero até 2030. Temos que reduzir a área aberta e de expansão em cima de floresta pelo prejuízo ambiental para a biodiversidade e para os recursos hídricos”, disse a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) no lançamento do programa, citada pela Exame.

Com critérios ambientais rigorosos, o programa exige monitoramento de emissões de gases de efeito estufa e recuperação do solo, priorizando a Caatinga. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, classificou a iniciativa como “inovadora”, com potencial para replicação internacional.

O leilão será realizado no modelo de financiamento parcial, com recursos públicos do Eco Invest atuando como capital catalisador para atrair investimentos privados, sendo cada lance avaliado com base na alavancagem proposta e no volume de hectares a serem recuperados (mínimo de R$100 milhões).

Os recursos arrecadados serão destinados a produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio, como fabricantes de bioinsumos, frigoríficos e usinas de biocombustíveis, visando associar a restauração ambiental à inclusão social e produtiva. Em sua primeira versão, em 2023, o leilão mobilizou R$45 milhões.

As instituições financeiras vencedoras deverão destinar pelo menos 50% de sua carteira a investimentos na produção de alimentos ou proteína animal, incluindo culturas perenes, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta e florestas plantadas.

Atividades isoladas de agricultura ou pecuária também poderão ser financiadas, desde que os produtores se comprometam a adotar sistemas integrados em até três anos ou aumentar a cobertura vegetal em 5% da área. Além disso, os projetos devem incluir investimentos em tecnologia para garantir a resiliência hídrica das propriedades.

O Caminho Verde Brasil, plano mais amplo vinculado ao Eco Invest, pretende recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. As propostas para o leilão atual devem ser entregues até 13 de junho.

Agência Brasil, IstoÉ Dinheiro, O Globo, Capital Reset, Globo Rural, Poder360, entre outros, informaram sobre as condições do segundo leilão Eco Invest.

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