Grandes bancos apresentam metas para neutralizar emissões de carbono até 2050

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Uma das maiores instituições financeiras do mundo, o banco HSBC confirmou à Reuters que definirá a neutralização das emissões de carbono de suas operações e negócios como meta para 2050, além de disponibilizar entre US$ 750 bilhões e US$ 1 trilhão em financiamentos para ajudar seus clientes nessa transição.

O HSBC vem sendo pressionado nos últimos tempos por ativistas, acionistas e políticos em razão de seu envolvimento com projetos que favorecem energia fóssil, principalmente na Ásia. Da mesma forma, esses críticos receberam o compromisso da instituição com ceticismo, pela falta de detalhes da proposta climática apresentada.

Na semana passada, o banco norte-americano JPMorgan também anunciou meta de neutralidade de emissões de carbono em sintonia com os objetivos do Acordo de Paris. De acordo com a instituição, a pegada de carbono dos clientes será acompanhada e analisada, de maneira a permitir oferecer recomendações para que eles possam diminuí-la.

Enquanto isso, duas autoridades internacionais destacaram a importância da recuperação econômica verde. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, fez um apelo para que os países avancem na precificação do carbono, o que poderia impulsionar o PIB global em 0,7% em média nos primeiros 15 anos pós-pandemia. Já o Papa Francisco pediu que os fiéis retirem investimentos de empresas que não estão comprometidas com a proteção do meio ambiente. “O sistema econômico atual é insustentável. Estamos diante de um imperativo moral (…) de repensar muitas coisas”, disse o Sumo Pontífice.

 

ClimaInfo, 13 de outubro 2020.

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