Sem acordo com o governo, servidores ambientais entram em greve geral

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IBAMA/Divulgação

Ação pode afetar trabalho do IBAMA e do ICMBio em 17 estados mais o Distrito Federal; combate ao fogo no Pantanal deve ser pouco prejudicado.  

Depois de meses de negociação infrutífera, os servidores ambientais do governo federal programaram para esta 2ª feira (24/6) o início de uma greve geral. A decisão deve paralisar equipes de órgãos como IBAMA e ICMBio em 17 estados e no Distrito Federal.

A demanda dos servidores ambientais continua a mesma: reajuste salarial nas mesmas condições que aquele aplicado pelo governo federal a outras categorias, como a da Polícia Federal, além da reestruturação da carreira e de melhorias nas condições de trabalho.

O governo federal, por sua vez, segue irredutível e sinalizou que não irá mexer na última proposta apresentada à categoria em abril. A rejeição da proposta do Ministério de Gestão e Inovação (MGI) pelos representantes dos servidores ambientais acabou precipitando o encerramento das negociações, mas a proposta segue na mesa.

A greve deve impactar principalmente as atividades administrativas dos órgãos ambientais federais, como a análise de pedidos de licença ambiental. Ações de campo, como a fiscalização contra desmatamento ilegal e outros crimes ambientais, também devem ser reduzidas. De acordo com O Globo, apenas situações emergenciais serão atendidas durante a greve.

O combate ao fogo no Pantanal também será mantido, já que a maior parte da equipe envolvida nessa operação é composta por brigadistas contratados por temporada. No dia a dia, poucos servidores efetivos atuam nesse tipo de atividade, como observou a Folha.

Enquanto isso, a Advocacia-Geral da União (AGU) deve ingressar nesta semana com um pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a Justiça decrete a ilegalidade da greve. Segundo o Metrópoles, a decisão foi tomada em conjunto com o MGI e a Casa Civil da Presidência da República. “Acabou a paciência. Virou uma questão mais política que de direito sindical”, afirmou um ministro do governo à coluna, sob reserva.

 

 

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ClimaInfo, 24 de junho de 2024.

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