Cobalto, grafite, alumínio e manganês são críticos para a construção das baterias de lítio-íon que alimentam os veículos elétricos. Buscar fontes responsáveis desses materiais requer medidas cuidadosas por parte dos fabricantes de veículos elétricos.
Com o deslanchar dos veículos elétricos, espera-se que a demanda das baterias de lítio suba de 65 GWh, em 2017, para mais de 400 GWh, até 2025. As baterias de lítio-íon exigem diversos materiais produção. Embora a BNF preveja que a disponibilidade de matéria prima não limitará a substituição pelos veículos elétricos até 2030, o cobalto e o grafite são caros e oferecem relativa dificuldade de garantir o suprimento. Metais mais abundantes e baratos, como manganês e alumínio, devem impactar menos a manufatura das baterias para veículos elétricos.
O mercado de baterias de lítio-íon é dominado pela China, pelo Japão e pela Coreia, que compõem 95% de sua produção. A China é também o maior centro processador para lítio e cobalto, além de produzir a maior parte do grafite do mundo. A mineração intensiva de grafite na China levou à poluição do ar e da água, além de problemas com cultivo e na saúde pública. Autoridades chinesas já fecharam várias minas e centros de processamento.
A Tesla afirma que o grafite utilizado em suas baterias provém de fontes responsáveis e chegam em forma sintética do Japão. Mais recentemente, a empresa anunciou planos de montar uma cadeia produtiva na América do Norte e que deve utilizar fontes localizadas no Canadá e nos estados norte-americanos de Idaho e Minnesota.
Baterias de lítio-íon feitas com cobalto representavam até 68% do mercado global de baterias em 2015. Mais da metade do cobalto do mundo vem da República Democrática do Congo (DRC) e de práticas não éticas de mineração que incluem trabalho infantil e abusos de direitos humanos ligados a conflitos no país, o que representa importantes desafios para os fabricantes de veículos elétricos.
A médio prazo, a tecnologia das baterias caminhará em direção a químicos energo-intensivos, como íons de lítio, níquel, manganês e cobalto, que irão reduzir a demanda de matérias-primas até 2030. Há outras considerações acerca de fontes que rodeiam os veículos elétricos – expandir a infraestrutura de carga pode aumentar a demanda por cobre por volta de 5% até 2025.