ClimaInfo, 24 de maio 2018

ClimaInfo mudanças climáticas

ARRECADAÇÃO AUMENTA COM ALTA DO PETRÓLEO, MAS GOVERNO CHORA PELA PERDA DE 15% DO ACRÉSCIMO PARA O DIESEL

O Tesouro Nacional está ganhando R$ 16,4 bilhões só com o preço do petróleo mais alto. Ontem, diante da greve de caminhoneiros, o governo decidiu abrir mão da CIDE, um dos muitos impostos que incidem sobre os combustíveis, mas o ministro da fazenda deu uma choradinha básica ao dizer que estava muito a contragosto abrindo mão da arrecadação de R$ 2,5 bilhões, 15% do que ganhou além do orçado para este ano. Como dissemos ontem, os sindicatos dos caminhoneiros avisaram que os impostos somam 27% do preço do diesel, enquanto a CIDE representa somente 1%. A “benesse” governamental desaparecerá no primeiro aumento da Petrobrás.

Cabe perguntar ao governo Temer por que a CIDE da gasolina também foi zerada, se o país quer implantar o Renovabio para aumentar o preço da gasolina dando assim uma força ao etanol? Não seria o caso de aumentar a CIDE da gasolina para dar um refresco maior para o diesel? Afinal, o preço do diesel impacta praticamente todas as cadeias logísticas e muito do transporte público, enquanto a gasolina, basicamente, atravanca as ruas e atrapalha o transporte coletivo de passageiros.

http://www.valor.com.br/brasil/5542211/analise-suspensao-de-cide-sobre-diesel-e-derrota-da-equipe-economica#

http://www.valor.com.br/brasil/5542637/receita-de-petroleo-traz-novo-folego-e-ajuda-liberar-r-2-bi-em-gastos#

 

GREVE DO DIESEL: PETROBRAS ANUNCIA REDUÇÃO TEMPORÁRIA DE 10% NO PREÇO DO DIESEL

Os aeroportos de Congonhas, Palmas, Recife, Maceió e Aracaju só tinham combustível para operar até ontem. Os ônibus podem parar de rodar na 6a feira em Brasília e na 5a em SP. Em todo o país se vê uma corrida aos postos de gasolina. Alguns supermercados já estavam ontem sentido sinais de desabastecimento. Isto e muito mais em função da greve dos caminhoneiros contra os aumentos que consideram abusivos no preço do diesel. Para aliviar a barra, a Petrobras anunciou no começo da noite de ontem uma redução temporária de 10% (válida por 15 dias) no preço do diesel. Até as 21h de ontem não havia comunicado dos caminhoneiros sobre parar ou não a greve.

Por conta desta situação, pedimos licença à ativista Rebeca Lerer para adaptar aqui um seu comentário no Facebook: parece claro que um país que para por conta de motoristas e seus veículos que queimam diesel é um país com uma matriz energética e de transportes insegura, vulnerável e insustentável, além de poluente. Construir a sustentabilidade socioambiental do sistema significa não mais sermos reféns da indústria do petróleo e do lobby do transporte rodoviário, significa diversificar combustíveis e modais de transporte de carga e pessoas.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/greve-afeta-abastecimento-de-avioes-aeroportos-tem-combustivel-ate-6a.shtml

https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/greve-de-caminhoneiros-latam-isenta-passageiros-de-tarifa-multa-para-remarcar-ou-cancelar-voos-22709767

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/empresas-de-onibus-de-sp-dizem-so-ter-combustivel-para-rodar-nesta-quinta.ghtml

https://www.metropoles.com/distrito-federal/transporte-df/sem-combustivel-parte-dos-onibus-do-df-para-de-rodar-na-sexta-feira

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/05/23/greve-caminhoneiros-afeta-correios-postos-feiras.htm

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/bloqueio-em-estradas-leva-a-falta-de-combustivel-em-minas-e-filas-no-vale-do-paraiba.shtml

https://exame.abril.com.br/economia/greve-impede-exportacao-de-12-mil-conteineres-de-carne-bovina-ao-dia/

https://noticias.r7.com/economia/greve-de-caminhoneiros-ameaca-abastecimento-de-carne-no-pais-22052018

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-reduz-o-preco-do-diesel-em-10-preco-fica-congelado-por-15-dias,70002321635

 

O AUMENTO DA TARIFA ELÉTRICA GANHA ATÉ DOS PLANOS DE SAÚDE

A Aneel autorizou um aumento médio de 23% na tarifa residencial da Cemig. O reajuste médio nos primeiros meses de 2018 foi de 16,4%. Durante todo o ano passado, o reajuste médio foi de 9,6%, contra um aumento no IPCA – o indicador oficial da inflação ao consumidor – de 2,95%. Se não foi a inflação e se o sistema está rodando mais ou menos como no ano passado, pertence aos insondáveis mistérios do reino das tarifas elétricas a explicação do porque de um reajuste 50% maior do que o de 2017.

Para comparação, o maior vilão dos reajustes são os dos planos de saúde. Este ano, as operadoras estão esperando um reajuste médio de 13% nos planos individuais. O setor elétrico está pior que os planos de saúde.

Ontem, Rodrigo Maia, candidato a candidato à presidência e genro do ministro-angorá das minas e energia avisou o Planalto que os instrumentos legais para a privatização da Eletrobras não sairão tão cedo. Maia entende que, com a eleição cada dia mais perto e o imbróglio do diesel, não há clima no congresso para a aprovação da MP, que perde a validade em 9 dias. Ele acha que o Planalto deveria reapresentar a matéria na forma de um PL. Mas todos sabemos que, no contexto atual, vai ser difícil aprovar qualquer coisa desse tamanho neste ano.

http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao-2/-/asset_publisher/zXQREz8EVlZ6/content/revisao-tarifaria-da-cemig-mg-e-aprovada/656877

http://www.valor.com.br/empresas/5541597/aneel-aprova-reajuste-tarifario-medio-de-2319-para-cemig

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/maia-diz-que-nao-vai-votar-mp-da-privatizacao-da-eletrobras.shtml

http://www.valor.com.br/politica/5542619/mp-da-eletrobras-perdera-validade-diz-rodrigo-maia

 

TARIFAS ELÉTRICAS CONTINUARÃO COM BANDEIRA AMARELA

A Aneel mandou avisar que a bandeira amarela continuará valendo em junho, acrescentando R$ 1 a cada kWh consumido. As bandeiras foram criadas para ajudar a pagar o gás da térmicas quando falta água. Interessante que a bandeira foi verde durante o mês de abril, quando, ao final, os reservatórios estavam com o nível um pouco acima de 62%. A preocupação sobre como atravessar o período seco fez com que fosse adicionada a bandeira amarela em maio. Com o mês praticamente no fim, viu-se que os reservatórios esvaziaram somente 1%, mas a bandeira continuará amarela.

Por falar em reservatórios, o sistema Cantareira, que abastece boa parte da Grande São Paulo, está mais baixo que no mesmo período de 2013, o ano que antecedeu o disfarçado racionamento de Alckmin. Enquanto o rapaz continuar sendo candidato pelo PSDB, a população de São Paulo deve ir preparando baldes e tanques para aguentar outro racionamento no próximo ano. E ver subir novamente o preço da perfuração de poços artesianos.

http://www.valor.com.br/brasil/5542643/bandeira-amarela-deve-ser-mantida

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/05/volume-do-cantareira-baixa-a-metade-e-acende-alerta-para-nova-crise-hidrica-em-sp

 

OPERAÇÃO DO IBAMA APLICA MULTAS DE MAIS DE R$ 100 MILHÕES E ATINGE AS GRANDES TRADERS DO AGRONEGÓCIO

O pessoal do Ibama começa a competir com a PF no quesito originalidade do nome de suas operações. A operação Shoyo, do Ibama, foi atrás da soja plantada em áreas embargadas do Matopiba (região na divisa dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e acabou emitindo 62 autos de infração e multas que somam mais de R$ 100 milhões. Segundo o próprio Ibama, “cinco tradings foram multadas em R$ 24,6 milhões por adquirir 49.205 sacas de 60 kg de soja produzidas em áreas embargadas pelo órgão. Durante a investigação foi constatado que a compra antecipada de grãos financiou a atividade ilegal”. Dentre as cinco tradings estão a Cargill e a Bunge. O Ibama constatou que nas áreas embargadas houve desmatamento do Cerrado para o plantio de soja e que plantações foram feitas, também, em áreas prescritas para regeneração natural.

http://www.ibama.gov.br/noticias/436-2018/1467-operacao-shoyo-matopiba-ibama-aplica-r-105-7-milhoes-em-multas-por-plantio-ilegal-de-graos-em-areas-embargadas-no-cerrado

https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2018/05/23/ibama-multa-5-companhias-de-graos-e-dezenas-de-agricultores-por-desmatamento.htm

 

NOTA TÉCNICA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL CONTRA O LINHÃO MANAUS-BOA VISTA SEM CONSENTIMENTO DOS WAIMIRI-ATROARI

O Ministério Público Federal emitiu uma nota técnica pedindo que a Medida Provisória emergencial desenhada para atender o fluxo de venezuelanos em Roraima seja parcialmente vetada. A MP fazia algum sentido, mas, ao passar pela câmara, os senhores deputados penduraram vários jabutis. Um deles autoriza a construção do linhão de transmissão entre Manaus e Boa Vista que atravessa terra indígena dos Waimiri-Atroari, mesmo sem o consentimento daquele povo. O MPF vê uma clara violação da Constituição e um desvio de propósito no jabuti.

É importante deixar claro que a construção do linhão demora 2 anos depois do projeto ser aprovado, e que a situação excepcional dos venezuelanos tem que ser resolvida muito antes disso.

http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/mpf-aponta-contrabando-legislativo-e-violacao-a-direitos-indigenas-em-medida-provisoria-de-apoio-a-refugiados-venezuelanos

https://www.cimi.org.br/2018/05/apib-repudia-tentativa-do-ministro-de-minas-e-energia-de-atropelar-consulta-indigenas-waimiri-atroari/

 

BRASIL PODE SER O ÚLTIMO GRANDE MERCADO A ADOTAR O PADRÃO EURO VI PARA EMISSÕES DE VEÍCULOS DIESEL PESADOS

O Brasil está a caminho de ser o último dos grandes mercados automotivos a adotar o padrão Euro VI para caminhões e ônibus. As emissões de veículos novos são controladas por meio de padrões regulatórios que exigem limites cada vez mais rigorosos, e o Euro VI é o último destes – e o mais limpo definido até agora. Todos os grandes mercados – EUA, Canadá, Europa, Japão, Índia, Coreia do Sul, Turquia, e México – já adotaram padrões equivalentes, e a China propôs implantá-los em 2020. Hoje quase 40% dos veículos pesados novos vendidos no mundo atendem a estes padrões, participação de que deve ultrapassar 65% após sua implantação na China, Índia e México.

Lembrando que existem fábricas nacionais que já estão produzindo ônibus padrão Euro VI para serem exportados para Chile e México.

https://www.theicct.org/blog/staff/deixado-para-brasil-podera-ultimo-mercado-automotivo-adotar-padrao

 

TURBINAS A GÁS FAZEM A ALEGRIA DA GE NA AMÉRICA LATINA

A operação da GE na América Latina está feliz da vida. A empresa compete no mercado das eólicas, embora seus resultados não sejam dos mais brilhantes. Mas é a divisão de turbinas que está produzindo bons resultados. A GE fabrica turbinas para as térmicas a gás natural e o setor elétrico do continente continua achando que as térmicas a gás são a melhor maneira para gerar em situações de pouco vento e/ou nenhum Sol. Existem muitas alternativas, mas todas dão mais trabalho e são mais distribuídas, coisa que sistemas centralizados como o elétrico têm dificuldade em assimilar.

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53061922/crescimento-das-renovaveis-abre-oportunidade-para-termicas-na-al-avalia-ge

 

PODE O MUNDO LEVAR ENERGIA LIMPA A TODOS E CUMPRIR O 7º OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?

Um novo relatório elaborado pelas Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (UNSD) do Banco Mundial e  Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra as perspectivas para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 ‘energia limpa e acessível’. O status atual não é 100% promissor: o mundo não está fazendo o suficiente para alcançar este objetivo até 2030. A continuarem as tendências atuais de acesso, 8% da população mundial ainda estará às escuras em 2030. Mas há boas notícias, inclusive na América Latina: de acordo com o relatório, o acesso quase universal à energia deve ser alcançado na região até 2030, com a exceção do Haiti, que deverá ser o único país em que menos de 90% da população estará conectada. Outra boa notícia: o crescimento econômico e o uso de energia estão cada vez mais dissociados. Entre 2010 e 2015, o PIB mundial cresceu quase duas vezes mais rápido que a oferta de energia primária. A exceção fica por conta da Ásia Ocidental, onde o crescimento econômico não excedeu o avanço no uso de energia.
Uma das métricas mais importantes para esta meta dos ODS é a intensidade energética – a proporção de energia usada por unidade do PIB -, que caiu 2,8% em 2015, a mais rápida queda desde 2010. No entanto, ainda é preciso avançar mais para dobrar a taxa global de melhoria na eficiência energética até 2030.
Com base nas tendências atuais, espera-se que a participação das renováveis chegue a apenas 21% até 2030 (ante 16,7% em 2010), não alcançando, assim, o aumento defendido pela ONU. Transporte e aquecimento, que respondem por 80% do consumo global de energia, ainda precisam se tornar mais sustentáveis. Nos transportes, por exemplo, apenas 2,8% do consumo energético veio de fontes renováveis em 2015.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/21/economia/1526928757_812119.html?%3Fid_externo_rsoc=TW_BR_CM

http://documents.worldbank.org/curated/en/495461525783464109/pdf/126026-WP-PUBLIC-P167379-tracking-sdg7-the-energy-progress-report-full-report.pdf

 

NA NOVA TEMPORADA DE PETRÓLEO CARO, UMA DAS VÍTIMAS É A ÍNDIA

Há menos de 2 anos, os experts do petróleo duvidavam que o preço do barril voltasse a ultrapassar a marca de US$ 50 por barril. Na semana passada, este preço bateu nos US$ 80 e os experts se atualizaram, achando agora perfeitamente possível que ele ultrapasse US$ 100 mais uma vez. Como diz o título de uma matéria de ontem, “acabou a era do petróleo barato”. Para quem dizia um par de anos atrás que a era do petróleo caro não voltaria, talvez seja pouco prudente anunciar o final de “eras”. Em todo caso, o racional para o preço não subir até que era forte. Era fundamentado no óleo e no gás de folhelho dos EUA, que tinham na marca de US$ 50 sua plena viabilidade econômica. Esse era o grande fato que sustentava o discurso de “dominância energética” de Trump. Para não deixar que isto acontecesse, a OPEP e outros países produtores de fósseis teriam que manter o preço abaixo deste teto, caso contrário, realizariam a profecia de Trump. Faltou combinar com a realidade. Houve uma bolha do folhelho nos EUA e muitas empresas passaram a viver da rolagem de dívidas, bombeando muito pouco óleo e gás. Venderam um sonho que não se concretizou. Assim, não foi difícil para a OPEP levantar o preço ao patamar dos US$ 60/barril e aumentar a receitas de seus membros. Mais recentemente o preço subiu ao ritmo das idas e vindas das declarações de Trump. Quando este declarou guerra comercial à China, o preço subiu. Mas ao fazer temporariamente as pazes, Trump aumentou a instabilidade, o que fez o preço subir ainda mais. E não nos esqueçamos do affair Irã. O último toque foi a eleição na Venezuela. Isolada pelas sanções dos EUA e de boa parte do mundo, a Venezuela ficou sem dólares para comprar peças e serviços de manutenção, e parou de produzir, quase que de uma hora para outra, mais de 2 milhões de barris por dia, o que fez o preço internacional do petróleo subir mais um pouco.

Uma das vítimas das armadilhas que os países criam para si mesmos no mundo do petróleo é a Índia. No período em que o preço estava baixo, o governo aumentou a taxação sobre petróleo e diesel, para não deixar o preço cair. Só que o governo indiano se acostumou com estas receitas, que aumentaram com o preço do barril. O dilema agora é, para não deixar o preço subir demais, ter que reduzir ou acabar com a taxação, deixando seu cofre um tanto mais vazio. Por outro lado, em ano eleitoral não é recomendável deixar o preço subir. Tanto lá, como aqui.

http://www.valor.com.br/empresas/5542675/acabou-longa-era-do-petroleo-barato#

https://www.ft.com/content/60412154-5da1-11e8-9334-2218e7146b04

 

PESQUISA MOSTRA A RELAÇÃO ENTRE TÉRMICAS FÓSSEIS E FERTILIDADE

Uma pesquisa importante recém publicada na Environmental Health associa a proximidade a térmicas à carvão ou óleo combustível com o número de nascimentos, ou seja, com a fertilidade. Os pesquisadores inovaram ao tomar amostras em regiões próximas a térmicas desativadas. Dividiram as áreas em função da distância da usina fechada. Elegeram amostras de controle, partos ocorridos a mais de 50 km de distância, mantendo a proporção de raça, renda, idade da mãe, estado civil e outras possíveis causas. Aplicaram métodos estatísticos que, em tese, permitem isolar a influência do ar relativamente menos poluído no entorno das térmicas fechadas. Também levantaram os nascimentos ao redor de usinas que, no mesmo período, continuaram funcionando. Analisaram um universo de quase 60 mil nascimentos ocorridos antes e depois do fechamento das usinas. Os resultados mostram que a taxa de fertilidade por 1.000 mulheres, de idades entre 15 e 44 anos, aumentou em 8 nascimentos para quem morava a uma distância de até 5 km de uma usina e em 2 nascimentos para quem morava entre 5 e 10 km da usina. Esses aumentos não aconteceram para as mulheres que moravam a mais de 50 km da usina, nem para as que moravam a qualquer distância de uma usina em operação. Tanto o indicador (nascimentos) quanto o método parecem ser importantes. Talvez funcione para comparar o que acontece no entorno de uma usina que começa a operar. E, aqui no Brasil, há pelo menos três grandes a carvão que começaram a operar nesta década e, portanto, deve haver dados suficientes para a análise. Está lançado o desafio de validação dos resultados deste trabalho aqui no Brasil.

https://ehjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12940-018-0388-8

 

Para acompanhar

DESMATAMENTO ZERO NO AMAZÔNIA: COMO E PORQUE CHEGAR LÁ?

Acontece hoje, entre 9h e 12h, um debate imperdível sobre Desmatamento Zero na Amazônia, promovido por Greenpeace, Imaflora, Imazon, ICV e ISA. Participarão do debate Ana Toni (iCS), Eduardo Assad (Embrapa), Paulo Artaxo (USP) e Paulo Pianez (Carrefour), com a mediação do jornalista Marcelo Tas. O debate será transmitido pelo link abaixo.

https://www.youtube.com/user/IPAMclima

 

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