A mão visível da natureza ajudando a recuperar as florestas

Ana Cristina Barros, Carlos Scaramuzza e Rubens Benini escreveram no Valor sobre a importância da restauração florestal. Entre 2008 e 2014, a Floresta Amazônica se recuperou em quase 100 mil km2, ⅕ da área desmatada no período. Para os autores do artigo, “essa revelação corrobora a tese de que boa parte do desmatamento ocorre simplesmente para especulação de terras ou para dar lugar a atividades pouco produtivas, levando ao abandono da área.” Para buscar o que vem acontecendo desde as últimas informações datadas de 2014, eles recomendam ao MapBiomas que investigue se as áreas que estavam em regeneração em 2014 ainda assim seguem. Recomendam também o cruzamento com os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para que se saiba o quanto dessa regeneração ocorre em propriedades privadas. Os autores terminam com uma boa notícia e uma recomendação: “O Brasil, que se comprometeu a reflorestar 120 mil km2 até 2030, teve, entre 2014 e 2015, quase 90% dessa meta cumprida graças à regeneração natural na Amazônia e na Mata Atlântica (94 mil mais 14,8 mil km2). É preciso saber se ainda se pode contar com isso. A prioridade tem sido, como deve ser, acabar com o desmatamento. Mas num tempo de recursos escassos e desafios tão grandes, é bom não dispensar essa oportunidade e ajudar a mão visível da natureza fazer o seu papel.”

 

ClimaInfo, 10 de abril de 2019.