Um retrato do garimpo ilegal em terras Yanomami

garimpo ilegal Yanomamis

Garimpo ilegal: Vinicius Sassine, n’O Globo, conta histórias de alguns dos mais de 15.000 garimpeiros ilegais que invadiram o território Yanomami. “Os invasores sobem o rio em canoas de médio porte e motores potentes, por dias, para chegar às áreas de exploração de ouro. Uma fumaça na mata, um banco de areia na margem ou um motor exposto, sugando a água do rio, são os sinais mais óbvios de que, naquele lugar, está em operação um garimpo ilegal. Pelo ar rasgam, o tempo todo, pequenos aviões carregados de gente e ouro. A mata densa esconde trabalhadores abrigados sob a lona. Quando estão trabalhando, eles submergem nas crateras abertas após o desmatamento.”

Leandro Prazeres, também d’O Globo, conversou com o mais conhecido dos líderes Yanomamis, Davi Kopenawa. “Desde que começou esse novo governo, desde janeiro, entrou muito garimpeiro em nossas terras. Eles entram nas terras levando comida, gasolina, muita gente. Entra tudo. Entra doença (…) O governo dele [Bolsonaro] não vai matar com arma de fogo. Eu estou preocupado porque isso vai acabar matando o meu povo com doença. É com isso que eu estou preocupado. Agora, se aumentar muito o número de garimpeiros na nossa terra, vai dar morte. Morte de garimpeiro e morte de Yanomami. É isso que vai acontecer.”

O Datafolha fez uma pesquisa mostrando que “86% dos brasileiros discordam da permissão à entrada de empresas de exploração mineral nas Terras Indígenas, que hoje é ilegal, mas que Bolsonaro pretende autorizar.”

 

ClimaInfo, 6 de agosto de 2019.

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