O SARS-CoV-2 parou o mundo. Milhões de pessoas se viram repentinamente forçadas a se distanciar de seus escritórios, lojas e fábricas para evitar a propagação do vírus e a incidência da COVID-19. Países, estados e cidades em todo o mundo estão isolados, fechados uns aos outros.
Quem diria que o vírus que se aproveitou desse mundo tão conectado que temos para se alastrar teria o efeito de desfazer essas conexões tão rapidamente? O tempo que não tivemos para conseguir segurar a pandemia é o que temos em excesso agora, presos em nossas casas, sem o prazer de sair, conversar com outras pessoas e lidar com aquela rotina corrida com a qual nos acostumamos.
Para Ana Carolina Amaral, no Ambiência da Folha, é momento para aproveitarmos esse tempo para pensar numa revisão dos valores que nos guiaram enquanto sociedade até hoje e como nos orientamos com relação ao próprio tempo.
O modelo de desenvolvimento clássico implica numa corrida permanente em busca de recursos, que pressiona cada vez mais a natureza e aprofunda as desigualdades sociais e econômicas em todo o mundo. Mais uma vez, temos um sinal claro da insustentabilidade dessa lógica. Agora, temos a chance de refletir sobre um novo modelo que considere esse fator que tanto pressionamos nos últimos tempos – o próprio tempo.
ClimaInfo, 24 de março de 2020.
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