Petrobras fecha 5 campos de exploração; segue a crise dos preços baixos

Petrobras petróleo

A esperança de um acordo entre os países produtores de petróleo para reduzir a produção e fazer o preço do barril voltar a subir durou pouco. Terminada a reunião entre os produtores, os sucessivos anúncios de cortes se mostraram insuficientes e o preço, que até tinha subido um pouco, voltou a cair. Com a “corona-queda” da demanda, o corte acordado de 10 milhões de barris por dia mantém a oferta mais alta e, com a capacidade global de estocagem quase transbordando, faz os preços de referência voltarem a cair abaixo de US$ 30. Analistas antevêem que podem flutuar entre US$ 20 e US$ 25.

A Petrobras, para reduzir a produção, anunciou que suspenderá as operações em seis plataformas na bacia de Campos e avisou parceiros estrangeiros da área de gás natural que comprará menos gás da produção nacional.

Nos EUA, o pessoal do fracking está sendo duramente atingido por preços abaixo de seu custo de exploração e foi ao governo pedir a introdução de uma taxa de importação, mirando o petróleo saudita. Os árabes são donos da maior refinaria do Texas que processa o petróleo vindo do Golfo.

Bill McKibben, da 350.org, escreveu um artigo instigante no New Yorker, no qual se pergunta se o coronavírus mataria a indústria do petróleo, o que seria uma benção para o enfrentamento das mudanças do clima. Falando sobre a oportunidade aberta pelo vírus para investimentos na transição para uma matriz energética limpa, McKibben diz que “a questão-chave para a crise climática é, na verdade, a rapidez com que a transição acontecerá. E a má notícia, como já vimos, é que a indústria petrolífera ainda tem muito suco político. Portanto, o ativismo continuará sendo crucial.”

 

ClimaInfo, 13 de abril de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)