A operação do Ibama de combate ao garimpo ilegal em Terras Indígenas derrubou o diretor de operações do órgão e pode levar à exoneração de mais dois servidores de carreira. A operação foi matéria do Fantástico. A matéria mostrou a destruição de equipamentos pesados, conforme instrução normativa do órgão quando não há como removê-los. Um tipo de ação que o presidente e seu ministro do meio ambiente, por mais de uma vez, prometeram que não mais ocorreria.
Ana Carolina Amaral, no seu blog na Folha, conta que, a demissão do diretor e dos dois servidores serão justificadas como parte de uma reestruturação do Ibama. Salles disse a Ana Carolina: “Aproveitamos que se iniciarão as operações no âmbito do Conselho da Amazônia para fazer as alterações”.
A Associação dos Servidores Ambientais (Ascema), se manifestou dizendo que “as ameaças de exoneração trazem insegurança às equipes em campo e ameaçam a permanência dos trabalhos”.
E por falar no Conselho da Amazônia, na semana passada foi publicada uma portaria nomeando titulares e suplentes que o comporão. O que mais chama a atenção é não haver ninguém do Ibama, responsável pela fiscalização da legislação ambiental, nem do ICMBio, órgão que tem a atribuição de zelar, dentre outras, pelas áreas protegidas do país. Também não tem ninguém da Funai, apesar das Terras Indígenas representarem quase metade das áreas protegidas na Amazônia.
O conselho é composto por 42 titulares: 4 do gabinete do vice-presidente, 4 do Gabinete de Segurança Institucional, 4 do ministério da defesa, 4 da economia, 4 do meio ambiente e 4 do Itamaraty; 3 do ministério da agricultura; 2 do ministério da justiça, 2 da ciência e tecnologia, 2 de minas e energia, e por aí vai. Entre os membros titulares, quase 30% são militares.
Rubens Valente comentou a portaria no UOL.
ClimaInfo, 22 de abril de 2020.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.