Queda brutal nos preços do petróleo provoca demissões e afeta investimentos em fontes renováveis de energia

petroleiras

A queda brutal nos preços internacionais do petróleo nos últimos meses, associada às baixas expectativas quanto a uma retomada rápida das economias dos países nos próximos meses, está forçando as petroleiras a se reorganizar internamente e a buscar incentivos governamentais.

Nos EUA, informa o Guardian, ao menos 90 companhias de combustíveis fósseis, incluindo gigantes como ExxonMobil, Chevron e Koch Industries, esperam se beneficiar com um programa  de recompra de títulos do Federal Reserve. Espera-se que o programa injete ao menos US$ 750 bilhões até setembro, que poderiam beneficiar empresas e investidores que possuem títulos da dívida pública norte-americana. Além das petroleiras, mais de 150 empresas de energia, inclusive carvoeiras como American Electric Power e Duke Energy, poderiam se beneficiar.

Já no Brasil, a Petrobras cortou boa parte dos serviços de manutenção de suas plataformas e suspendeu uma série de trabalhos programados, inclusive nas unidades do pré-sal. De acordo com o Valor, a medida afetará o faturamento de empresas especializadas e deve resultar em milhares de demissões de terceirizados, sobretudo na região de Macaé (RJ), que abriga a base de apoio às operações da Bacia de Campos.

O cenário deve seguir difícil no médio prazo para o setor de petróleo e gás. Segundo a OPEP, a demanda global pelo combustível deve cair 18% no 2º trimestre de 2020 com relação ao mesmo período no ano passado.

 

ClimaInfo, 14 de maio de 2020.

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