Segundo país do mundo mais atingido pela pandemia, o Brasil já acumula mais de 25 mil mortes confirmadas pela COVID-19 e, por conta da falta de coordenação entre as autoridades e da desinformação sobre a nova doença (promovida inclusive pelo próprio presidente da República), deve esperar por um aumento do número de óbitos no país nos próximos meses.
No El País, Gil Alessi cita uma projeção feita pelo modelo de análise estatística do instituto de métricas da Universidade de Washington, que ajuda a subsidiar as decisões do governo norte-americano sobre a pandemia. De acordo com essa projeção, o Brasil pode chegar a 125 mil mortes até o mês de agosto, 100 mil a mais do que o número atual. O intervalo de óbitos pode ficar entre 68,3 mil (em um cenário em que o país adota medidas duras de controle) e mais de 221 mil mortos (caso não haja mais controle sobre a pandemia). Se esse pior cenário se confirmar, o Brasil pode chegar em meados de julho ao topo dos números de óbitos por COVID-19 em todo o mundo, superando os EUA, que hoje registram pouco mais de 100 mil mortes.
Pela projeção, o pico de mortes no Brasil aconteceria em 13 de julho, com 1.526 mortes em 24 horas, e a curva de fatalidades começaria a cair apenas em agosto, com cerca de 1,4 mil mortos diários.
ClimaInfo, 28 de maio de 2020.
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