Verão começa com alta recorde de temperaturas na Sibéria

Sibéria

Verkhoiansk, localizada em uma das áreas mais inóspitas da Sibéria, na Rússia, é considerada uma das cidades mais frias do mundo – em novembro passado, por exemplo, ela registrou incríveis -60°C de temperatura. No entanto, nem ela foi capaz de fugir da onda de calor que assola a região nos últimos meses. Resultado: no último sábado (21/6), ela registrou igualmente incríveis 38°C.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) ainda não confirma esse registro em Verkhoyansk, mas demonstra preocupação com a intensificação do calor na região do Ártico. Por toda a Sibéria e região do Círculo Polar Ártico, os últimos dias foram marcados por temperaturas altas que, em muitos momentos e locais, atingiram recordes históricos de calor.

Os últimos cinco meses trouxeram temperaturas muito acima do normal para essas regiões, o que está precipitando o degelo do permafrost e o surgimento de focos de incêndio florestal na Sibéria. Com a chegada do verão no hemisfério norte, a expectativa é de que as temperaturas sigam acima do normal na região, o que reforça as preocupações com os efeitos ambientais e climáticos deste fenômeno.

Em tempo: O degelo do Ártico causado pelo aquecimento do planeta colocou a região no centro das atenções políticas, econômicas e estratégicas das grandes potências globais. Mais do que a abertura de rotas de navegação que antes eram inviáveis por causa do gelo, o Ártico desperta o interesse destes governos por causa dos recursos naturais que o oceano descongelado pode oferecer. Em artigo no The Hill, o estrategista militar e professor James R. Holmes explora algumas questões geopolíticas e comerciais que poderão ser precipitadas pelas mudanças no clima do Ártico nas próximas décadas.

 

ClimaInfo, 24 de junho de 2020.

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