Calor extremo na Sibéria foi causado pela mudança climática

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A onda de calor que atravessou a Sibéria nos primeiros seis meses do ano seria praticamente impossível sem o aquecimento global, ou melhor, o estágio atual da mudança climática aumentou em 600 vezes a probabilidade de ocorrer um evento bizarro desses.

O calor fez Verkhoyansk, dentro do Círculo Polar Ártico, viver um dia de Rio  de Janeiro, com a temperatura chegando a 38oC. Toda a região sofreu temperaturas em média 5oC acima do normal. Em condições normais, um evento desses aconteceria uma vez a cada 80 mil anos.

Uma pesquisa de atribuição climática que acaba de ser publicada pela World Weather Attribution adota a linguagem cautelosa da comunidade científica. Mas o autor-líder, Andrew Ciavarella, do Met Office britânico, foi categórico: “As temperaturas na Sibéria durante os últimos seis meses seriam efetivamente impossíveis sem a influência humana”.

Vale ler as matérias dos Carbon Brief, The Guardian e d’O Globo a respeito do trabalho.

 

ClimaInfo, 17 de julho de 2020.

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