A pandemia vem estimulando um interesse crescente entre os consumidores brasileiros em equipamentos para geração de energia solar. N’O Globo, Stephanie Tondo apontou dados do banco Santander que mostraram um crescimento de 25% na contratação de linhas de crédito por pessoas físicas no primeiro bimestre de 2021 em relação ao mesmo período no ano passado, antes da chegada da COVID-19 ao país. Outro banco, o BV, também destacou um crescimento de três vezes no volume de financiamento concedido para a aquisição de painéis fotovoltaicos no Brasil no ano passado. Entre os pontos que chamam a atenção dos consumidores estão a redução de até 95% na conta de energia elétrica – um argumento forte nos últimos meses por causa do encarecimento das tarifas elétricas no Brasil – e a valorização dos imóveis beneficiados por esses equipamentos. Os bancos também facilitaram as condições de financiamento, alongando o prazo para o pagamento e ampliando o prazo de carência para a primeira parcela.
Em tempo: A queda dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras neste verão está causando dores de cabeça para o setor elétrico. No Valor, Daniel Rittner destacou dados de um levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) que reforçam essa preocupação: nos últimos 20 anos, o volume de chuvas no Brasil superou a média histórica apenas em oito anos; na última década, isso aconteceu em apenas duas ocasiões, sendo que os últimos cinco anos registraram precipitações abaixo da média. Tudo isso tem colocado pressão adicional sobre a geração hidrelétrica, mesmo na situação atual de recessão econômica e desaquecimento produtivo. Como destacado na reportagem por Luiz Eduardo Barata, ex-diretor do Operador do Sistema Nacional (ONS), as soluções para essa questão passam por investimentos intensivos em fontes renováveis de energia, ampliando a representatividade de eólicas e solares na matriz elétrica brasileira, com a geração hidrelétrica operando na base.
ClimaInfo, 23 de março de 2021.
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